De acordo com o procurador geral de Justiça, Oswaldo Trigueiro, os que descumpriram as determinações judiciais, mantém ilegalmente os prestadores e comissionados nos cargos municipais
De acordo com o procurador, esses gestores descumpriram a determinação da Justiça e mantém ilegalmente os prestadores e comissionados nos cargos públicos municipais. “Eles já estão sendo denunciados criminalmente. Ou seja, já foram denunciados ao Tribunal de Justiça, que decidirá se vai pronuncia-los por crime de responsabilidade, já que descumpriram o procedimento legal”, afirmou Oswaldo Trigueiro.
Sobre a situação da Prefeitura de João Pessoa, que mantém mais de 12 mil trabalhadores entre prestadores de serviço e comissionados, Oswaldo Trigueiro explicou que a decisão do TJPB é igual para todas as prefeituras da Paraíba que se encontram na mesma situação.
“O TJ verificou que a lei municipal que trata dos requisitos para contratação temporária era extremamente aberto, não tinha critérios nem requisitos, então estabeleceu que deve ser revista e ser formulada uma nova lei estabelecendo critérios para contratação desses servidores”, esclareceu.
Oswaldo Trigueiro acrescentou que foi estabelecido um prazo padrão de 180 dias a todas a prefeituras para cumprimento da determinação do TJPB e que “elas devem ter um plano desligamento ao passo que também deve implantar o regime de concurso público para contratação dos servidores”.
Para Agra, demissão é genocídio
O prefeito de João Pessoa, Luciano Agra (sem partido) saiu em defesa dos prestadores de serviço do município. Nesta terça-feira (13) classificou como genocídio a decisão do Tribunal de Justiça da Paraíba, em agosto passado, que determinou a demissão de todos os contratados sem concurso público. “Isso não é um número de punição. Isso é um número genocida”, disparou o prefeito.
O gestor foi categórico ao afirmar que irá recorrer na Justiça até última instância. A decisão do TJPB – datada de 29 de agosto deste ano e publicada no Diário da Justiça no dia 3 de setembro – julgou inconstitucional a lei municipal 059/2010, Na época, ela acarretava a demissão do 10.092 prestadores de serviço e 972 comissionados. O número de contratados sem concurso público supera os 8.786 efetivos.
O prazo termina no dia 3 de março de 2013, quando Agra já não é mais prefeito. Seu mandato se encerra no dia 31 de dezembro próximo. O prefeito Luciano Cartaxo aifrmou, nesta terça-feira, que anunciará ainda esta semana uma posição oficial sobre o assunto.
Mário Luiz (Carioca) com Correio
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