segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Operação "Sangria" estoura 11 pontos clandestinos de venda de combustíveis na PB


A "Operação Sangria" realizada na manhã desta segunda-feira, dia 17, "estourou" 11 pontos de estocagem e venda clandestina de combustíveis que funcionavam em vários bairros de João Pessoa e outras cidades paraibanas. O total de 12 pessoas foram presas na ação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecco).

Operação "Sangria": MP e PF combatem adulteração de combustíveis na Paraíba

Além de João Pessoa, foram descobertos pontos de comércio clandestino de combustíveis Cabedelo, Pedras de Fogo, Mamanguape, Alhandra, Gurinhém, Santa Rita e Ingá.

Os manddados de busca e apreensão da "Operação Sangria" foram expedidos pelo juuir João Machado de Souza Júnior, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Cabedelo.

Foram presas 12 pessoas, 25.907 litros de combustíveis (gasolina e diesel), um caminhão tanque, duas armas, munições calibre 12 e 38, 113 tambores (bambonas), além uma grande quantidade de garrafas tipo pet, vários lacres utilizados para substituir os originais dos caminhões tanque, 29 notas fiscais de postos de combustíveis, funis, mangueiras e outros utensílios empregados no esquema fraudulento.

O MP informou que a quadrilha organizada era especializada no furto, adulteração, estocagem e venda de combustíveis. O grupo atuaava a partir do porto de Cabedelo. Nas proximidades das distribuidoras ali existentes, motoristas dos caminhões tanques furtam quantidades que variam de 100 a 300 litros do combustível transportado e vendem o produto a receptadores que acondicionam em recipientes (bombonas) de 20 a 50 litros e transportam em veículos de passeio até locais de estocagem e venda que funcionam como postos clandestinos de abastecimento.

O esquema de fraude funcionava da seguinte forma: começa com os motoristas dos caminhões tanques que violam os lacres dos tanques, furtam o combustível e posteriormente compensam essa quantidade adicionando outros líquidos (provavelmente água) ao tanque, o que adultera as características do combustível que vai para os postos.

Em seguida, as irregularidades seguem-se com os compradores, que fazem a receptação do combustível roubado, transportam o produto de forma inadequada e perigosa, em veículos que se transformam em verdadeiras “bombas” ambulantes, estocam em locais inapropriados e finalmente vendem o produto do furto a consumidores.

As investigações tiveram início após a Polícia Rodoviária Federal receber várias denúncias de moradores de diversos locais que funcionavam como postos clandestinos de revenda de combustíveis.

Após comprovados os crimes, o resultado das investigações foram encaminhados ao Ministério Público Estadual que, através do Gaecco, determinou o acompanhamento das irregularidades e a coleta de provas, além de ter solicitado à Justiça os mandados de busca e apreensão.

Na Operação foram empregados 60 policiais rodoviários federais e 15 viaturas. A Polícia Rodoviária Federal informa que o telefone 191 para denúncias e emergências está à disposição 24 horas por dia. A ligação é gratuita e a identidade dos informantes será sempre preservada.

Os presos foram incursos no Art. 1° da Lei 8176/91 que trata de crimes contra a ordem econômica. Além do Ministério Público Estadual, a operação contou com a participação da Polícia Rodoviária Federal e Polícia Civil.

REPORTAGEM:FONTE JORNAL O NORTE
EDIÇÃO DE TEXTO:MARIO (CARIOCA)
FOTO:JORNAL O NORTE

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