sábado, 19 de setembro de 2009

Prefeituras do Sertão vão fechar as portas por um dia de protesto



O objetivo da paralisação é despertar a atenção do Governo Federal para a crise nas prefeituras por conta da queda mensal do Fundo de Participação dos Municípios. O presidente da Amasp e prefeito de Cajazeiras, Léo Abreu (PSB), asseverou que é “necessário chamar a atenção da sociedade e das autoridades sobre a gravidade da situação dos municípios”.

Segundo ele, as prefeituras vivem um quadro de grandes dificuldades em virtude das quedas nos repasses. Alguns municípios da região planejam demitir contratados, a fim de evitar atrasos de pagamento das folhas de pessoal. Durante a paralisação, vão funcionar apenas os serviços essenciais.

O secretário da Fazenda de Cajazeiras, José Francisco Abreu, disse que em média o FPM sofre uma queda de 13% por mês. Considerando que este ano houve um aumento das despesas em virtude do reajuste do salário mínimo, o desequilíbrio nas finanças é grande. Ele revelou que até o duodécimo da Câmara, às vezes, é parcelamento por causa da redução dos repasses.

No último dia 10, o governo federal creditou a primeira cota do FPM de setembro nas contas das prefeituras. Na região da Amasp, Cajazeiras foi a que recebeu o maior repasse, R$ 190.904,64, todavia já descontados todos os encargos e deduções do Fundeb e Saúde, o município de Bom Jesus foi o que recebeu a menor parcela, R$ 68.700,82. A previsão da segunda cota do mês ainda é pior.

Além de Léo Abreu, vão participar da reunião os prefeitos de Bernardino Batista, Bom Jesus, Bonito de Santa Fé, Cachoeira dos Índios, Carrapateira, Monte Horebe, São João do Rio do Peixe, São José de Piranhas, Uiraúna, Triunfo, Santa Helena, Poço Dantas, Poço José de Moura e Santarém. Outro ponto de pauta do encontro é a criação da Universidade do Sertão.

REPORTAGEM: MARIO CARIOCA
EDIÇÃO DE TEXTO:RAFAELA SOARES
FOTOS: CENTRAL CONDE DE JORNALISMO


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