O nome de Rui Ricardo Diaz não era bem conhecido nem na cena teatral alternativa de São Paulo. Costumava fazer peças para uma média de apenas 20 pessoas. Mas sua vida mudou. No primeiro dia do próximo ano, ele estará em mais de 500 salas de cinema de todo o País, um número recorde desde a retomada da produção cinematográfica nacional. Rui, de 31 anos, é protagonista do longa "Lula – O Filho do Brasil", de Fabio Barreto. Apesar da expectativa em torno do filme, ele se mostra temeroso quanto ao futuro. “Podemos dizer que, sim, estou desempregado”, afirma.
No mesmo ano em que Lula deixará o cargo presidencial – apostando na transferência de sua popularidade para a eleição da candidata que escolheu para sucedê-lo – será contada nas telas a trajetória do menino que nasceu na miséria em Caetés, no interior de Pernambuco, se tornou o maior sindicalista do país e, posteriormente, o líder da nação.
Para o “Lula da ficção”, o filme não será usado para fins políticos. “É preciso analisar quem pega carona na popularidade de quem. É o filme que pega popularidade na imagem do presidente, não o contrário. Fabio chama esse filme de homenagem ao povo. O cara tem uma história muito brasileira”, defende Rui. A seguir, a entrevista concedida ao iG, no bar de um hotel bacana na zona sul do Rio.
Reportagem: Mário luiz ( carioca )
Edição de Texto: Rafaela Soares
Fotos : Central Conde de Jornalismo