O governador da Paraíba, José Maranhão (PMDB), durante entrevista na tarde desta quinta-feira (23) fez duras críticas ao posicionamento da deputada Iraê Lucena (PMDB) durante a campanha. Ele disse que ninguém aprovou sua traição ao partido quando resolveu apoiar o candidato Ricardo Coutinho (PSB) no segundo turno das eleições 2010.
“Eu acho que Iraê se estragou pelas suas próprias posições. Tanto assim que todas as lideranças que trabalharam por ela, e deram o sangue por ela, nenhum acompanhou sua decisão. A reação a sua decisão começou dentro de casa com o companheiro Haroldo Lucena. Ele foi para o guia eleitoral condenar a posição ela”.
Maranhão acrescentou que a ex-deputada estadual Iraê Lucena não foi culpada pela derrota do pleito, até porque tanto a ausência dela no grupo peemedebista quanto o apoio ao socialista Ricardo Coutinho (PSB) não fez nenhuma diferença.
Iraê Lucena era candidata à reeleição e foi derrotada nas urnas. Após derrota, no segundo turno anunciou apoio a Ricardo Coutinho. Esta semana, Iraê foi convidada para compor o governo de Ricardo Coutinho. Ela vai assumir a secretaria das Mulheres e da Diversidade Humana.
“Com essa indicação, eu só rogo a Deus que não aconteça com Ricardo Coutinho o que aconteceu comigo”, frisou.
A deputada vai enfrentar o Conselho de Ética do partido por prática de dissidência e corre o risco de ser expulsa do PMDB por ter descumprido o que determina o estatuto.
Leia sobre o caso: O presidente estadual do PMDB, Antônio Souza, disse em entrevista ao Portal PB Agora que o Conselho de Ética do partido deve acionar a deputada estadual, Iraê Lucena. Ela pode ser expulsa do PMDB por ter descumprido o que determina o estatuto.
“Todos que traíram o candidato do PMDB serão acionados pelo Conselho de Ética. O estatuto e o código de ética do partido deixam claro que nenhum filiado pode apoiar outro partido quando existe candidatura própria. Ela tinha o dever de apoiar o candidato de seu partido”.
Antônio explicou que a deputada poderá escapar do Conselho de Ética se pedir expulsão do partido antes de ser convocada para esclarecimentos. Se permanecer e for julgada corre também o mesmo risco. “Será aberto processo dando amplo direito de defesa a Iraê Lucena. Se ela não for convincente serão tomadas as medidas cabíveis, entre elas pode ocorrer a expulsão”.
O presidente estadual do PMDB ressaltou que o conselho de ética é soberano e vai apurar todos os fatos. Depois de analisar tudo será emitido um parecer a respeito do caso. Ele falou ainada que a executiva do partido fará uma reunião dentro de alguns dias para encaminhar a denúncia ao conselho.
Da Redação com PB Agora
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