Os agentes descobriram como funcionava o esquema para obtenção de grande parte das armas e drogas no Alemão, além de como era realizada a lavagem de dinheiro. Segundo as investigações, cerca de 10 t de maconha, das 40 t apreendidas durante a operação de ocupação, chegaram ao Complexo do Alemão por meio do esquema montado pelo traficante. De acordo com o coordenador do NUCC – LD (Núcleo de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro), delegado Flávio Porto, a análise do material identificou também a existência de uma espécie de terceiro setor, integrado por pessoas físicas e jurídicas, sediadas em Foz do Iguaçu, Mato Grosso do Sul e Belo Horizonte, que tinham como função dar aparência de legalidade ao dinheiro obtido com o tráfico de drogas.
O capital era depositado em suas contas por pessoas que se associaram ao grupo criminoso, exercendo o papel de agentes depositantes, geralmente moradores da localidade que levavam o dinheiro às agências bancárias quantias expressivas. Ao perceber essa movimentação, o COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), em parceria com a Polícia Civil, possibilitou o bloqueio dos saldos das contas bancárias envolvidas no esquema. A partir dessa ação, será possível atingir o patrimônio dos bandidos, construído com dinheiro ilícito. As investigações foram desencadeadas pelo NUCC – LD, com apoio da DCOD (Delegacia de Combate às Drogas), da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) e da Cinpol (Coordenadoria de Inteligência e Informação Policial).
As pessoas envolvidas no esquema responderão por tráfico de drogas, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Da Redação com G1
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