Marina Silva, vice na chapa, não estava a bordo
Rio - O candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB) morreu em um acidente aéreo em Santos na manhã desta quarta-feira.
A informação foi confirmada à deputada Jandira Feghali (PC do B) pelo
deputado Romário (PSB), candidato ao Senado na chapa de Campos.
De acordo com
a direção do PSB, além de Campos, estavam no avião Geraldo da Cunha e
Marcos Martins que seriam piloto e co-piloto da aeronave. Também estavam
a bordo
Pedro Valadares (assessor particular), Carlos Percol (assessor de
imprensa), Alexandre Severo (fotógrafo), Marcelo Lira (cinegrafista).
A candidata Marina Silva, vice da chapa de Eduardo Campos, não estava a bordo.
A mulher de Eduardo Campos, Renata Campos, está em casa, Recife, ao lado dos cinco filhos,
acompanhando as informações.
Eduardo Campos era economista, tinha 49 anos e estava em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto.Um dos últimos compromissos do candidato foi a entrevista ao Jornal Nacional na noite de terça-feira.
Avião arremeteu por causa do mau tempo
O jato modelo Cessna 560 XL prefixo PR AFA decolou do Rio de Janeiro às 9h21 em direção a Guarulhos e caiu no bairro Boqueirão, área nobre da cidade de Santos, no litoral de São Paulo.
O avião caiu próximo a uma
Marina Silva teria desistido na última hora de embarcar na aeronave
De acordo com as primeiras informações, a candidata à vice na chapa de Eduardo Campos, Marina Silva (PSB), desistiu na última hora de embarcar na aeronave onde estava Eduardo Campos. Ela deveria estar no jato particular que caiu em Santos, mas acabou desistindo na última hora e tomou um avião de carreira. Marina está se dirigindo à Santos para acompanhar o trabalho do Corpo de Bombeiros.
Pelo
Twitter
,
a Rede Sustentabilidade, partido de Marina que não chegou a ser
oficializado por falta de assinaturas, lamentou a morte do
ex-governador. "Todos estamos chocados com a morte de Eduardo Campos, em queda de avião hoje de manhã. Marina Silva segue agora para Santos (SP)."
Campos morreu no mesmo dia que o avô, Miguel Arraes
Campos nasceu no Recife (PE) em 10 de agosto de 1965. Filho de Ana Arraes, ex-deputada federal, e do escritor e advogado Maximiano Accioly Campos, com apenas 16 anos ingressou na Universidade Federal de Pernambuco para cursar Economia; aos 20, formou-se e foi o orador da turma.
Começou a militância ainda na universidade, como presidente do Diretório Acadêmico. Não traiu o sangue político da família: em 1986, trocou a possibilidade de um mestrado nos EUA pela participação na campanha que elegeu governador de Pernambuco o seu avô, Miguel Arraes – que passara 15 anos no exílio provocado pelo
Em 1990, depois de trabalhar como secretário de Governo do avô, filiou-se ao PSB e conquistou um mandato de deputado estadual. Chegou ao Congresso Nacional em 1994, dois anos depois de sofrer sua única derrota eleitoral até hoje: foi quinto lugar na eleição que levou Jarbas Vasconcelos pela segunda vez à prefeitura do Recife. Em 1998, foi reeleito para a Câmara dos Deputados como o deputado federal mais votado de Pernambuco. No seu terceiro mandato em Brasília, conquistado em 2002, atuou em defesa da candidatura de Lula, depois de um primeiro turno com Anthony Garotinho.
Ministro do governo Lula
Em 2003, estreitando os laços com Lula, tomou posse como ministro de Ciência e Tecnologia – o mais jovem no primeiro mandato do presidente. Em sua gestão, foi aprovada a lei que autoriza pesquisa com células-tronco. Data dessa época suas desavenças com o todo-poderoso José Dirceu.
Em 2005, Campos e Aldo Rebelo, então ministro de Relações Institucionais, manobraram para barrar a CPI dos Correios, que trouxe à tona o mensalão. Numa reunião com Dirceu, que terminou em clima hostil, Campos teria sido aconselhado a desistir da candidatura ao governo de Pernambuco em favor do petista Humberto Costa. “Eu não preciso do PT para ser governador. A única pessoa a quem eu tenho de dar satisfação é Lula”, teria respondido. Mais tarde ganharia pontos adicionais com o presidente ao ser fiel durante a crise do mensalão e ao retirar sua candidatura à presidência da Câmara em favor de Rebelo.
A última entrevista do candidato à presidência Eduardo Campos foi ao Jornal Nacional na noite desta terça-feira. Quando questionado sobre como pretendia ampliar os programas sociais criados no governo Lula e ao mesmo tempo enfrentar a inflação, Campos afirmou que a “única promessa é melhorar a vida do povo brasileiro”.
Mário Luiz (Carioca) com O Dia
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