Apesar de
admitir que não há segurança para que a campanha ocorra em 41 favelas
do Rio, sendo dez pacificadas, o governo do Rio não planeja pedir que as
Forças Armadas sejam convocadas, a exemplo do que ocorreu em 2012.
Nesta segunda-feira, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) recebeu um
relatório da Secretaria de Segurança afirmando que há interferência de
traficantes e milicianos, por exemplo, em favelas do Lins, na Rocinha e
nos complexos do Alemão e da Maré. O governador Luiz Fernando Pezão
(PMDB), no entanto, decidiu não pedir ajuda.
— Quem define a condução das políticas de segurança no estado é a Secretaria de Segurança. De acordo com a secretaria, até o momento, não há necessidade de requisição de forças federais para garantir a realização das eleições de outubro de 2014 — afirmou o governador.
Durante a sessão plenária do TRE, na tarde desta segunda, o desembargador eleitoral Fábio Uchôa apresentou o relatório. Segundo o texto, das 31 favelas sem UPP, 15 são dominadas por traficantes e 16, por milicianos. Uchôa defende que as Forças Armadas sejam chamadas antes do dia da eleição, para assegurar a normalidade da campanha.
— O relatório mostra que existem várias comunidades dominadas por bandidos em que os candidatos precisam pagar para entrar ou simplesmente são proibidos. A situação é caótica, por isso trouxe ao plenário — afirmou Uchôa.
Mas o presidente do TRE, desembargador Bernardo Garcez, lembrou que, por exigência do Tribunal Superior Eleitoral, o pedido de ajuda dependeria de Pezão.
— O governo do estado está cheio de meias palavras. Se o governo pode antever que boa parte das regiões com favelas está dominada, não entendo temor em esclarecer essa posição. A resposta sobre segurança dos eleitores não pode ser de um subalterno — cobrou Garcez, antes da resposta de Pezão.
O procurador regional eleitoral, Paulo Roberto Bérenger, também é favorável.
— As denúncias já são suficientes e mostram que é necessária a entrada de forças nacionais na eleição do Rio — propôs o procurador Paulo Bérenger.
Segundo o relatório, na favela Vila Ipiranga, em Niterói, traficantes estão cobrando R$ 10 mil para permitir a entrada de candidatos. Já no Caramujo, também no município, candidatos ligados ao atual governador também seriam proibidos de entrar e tiveram suas propagandas retiradas do local. Há uma semana, PMs da UPP do Lins descobriram um local usado por traficantes para pintar, com tinta preta, propagandas de Pezão.
O cadastro de eleitores para o controle dos títulos eleitorais, mostrado pelo EXTRA há duas semanas, também foi confirmado pela secretaria. “A milícia vem atuando de forma diferente quanto ao pleito eleitoral. A secretaria identificou que milicianos vêm atuando no controle de cadastro de eleitores para a próxima eleição”, diz o relatório.
— Quem define a condução das políticas de segurança no estado é a Secretaria de Segurança. De acordo com a secretaria, até o momento, não há necessidade de requisição de forças federais para garantir a realização das eleições de outubro de 2014 — afirmou o governador.
Durante a sessão plenária do TRE, na tarde desta segunda, o desembargador eleitoral Fábio Uchôa apresentou o relatório. Segundo o texto, das 31 favelas sem UPP, 15 são dominadas por traficantes e 16, por milicianos. Uchôa defende que as Forças Armadas sejam chamadas antes do dia da eleição, para assegurar a normalidade da campanha.
— O relatório mostra que existem várias comunidades dominadas por bandidos em que os candidatos precisam pagar para entrar ou simplesmente são proibidos. A situação é caótica, por isso trouxe ao plenário — afirmou Uchôa.
Mas o presidente do TRE, desembargador Bernardo Garcez, lembrou que, por exigência do Tribunal Superior Eleitoral, o pedido de ajuda dependeria de Pezão.
— O governo do estado está cheio de meias palavras. Se o governo pode antever que boa parte das regiões com favelas está dominada, não entendo temor em esclarecer essa posição. A resposta sobre segurança dos eleitores não pode ser de um subalterno — cobrou Garcez, antes da resposta de Pezão.
— As denúncias já são suficientes e mostram que é necessária a entrada de forças nacionais na eleição do Rio — propôs o procurador Paulo Bérenger.
Segundo o relatório, na favela Vila Ipiranga, em Niterói, traficantes estão cobrando R$ 10 mil para permitir a entrada de candidatos. Já no Caramujo, também no município, candidatos ligados ao atual governador também seriam proibidos de entrar e tiveram suas propagandas retiradas do local. Há uma semana, PMs da UPP do Lins descobriram um local usado por traficantes para pintar, com tinta preta, propagandas de Pezão.
O cadastro de eleitores para o controle dos títulos eleitorais, mostrado pelo EXTRA há duas semanas, também foi confirmado pela secretaria. “A milícia vem atuando de forma diferente quanto ao pleito eleitoral. A secretaria identificou que milicianos vêm atuando no controle de cadastro de eleitores para a próxima eleição”, diz o relatório.
Mário Luiz (Carioca) com Extra
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