Não existe assedio sexual no caso, pois ela não é minha funcionária. O assédio sexual é caracterizado quando trata-se do abuso do poder.
O advogado do deputado Luiz Argôlo (SD-BA), Aluísio Lundgren, disse que blefou no jantar que teve com a ex-contadora de Alberto Youssef, Meire Bonfim da Silva Poza. “Ela queria armar e gravar com o deputado (Argôlo) e a conversa toda foi um blefe”, disse Lundgren ao Broadcast Político.
O deputado do Solidariedade responde a um processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara por seu envolvimento com Youssef, que está preso no âmbito da operação Lava Jato – que investiga esquema de lavagem de dinheiro que pode ter chegado a R$ 10 bilhões.
Hoje pela manhã, Meire Poza concedeu uma coletiva de imprensa na Câmara e apresentou trecho de uma gravação do encontro que manteve com o defensor de Argôlo em São Paulo. Nela, Lundgren diz que “os deputados sabem que o Argôlo não é santo” e que “os deputados sabem que ele teve algum envolvimento com o Youssef”.
Em resposta, Lundgren afirmou que estava blefando e que aceitou se encontrar Meire para preservar seu cliente, uma vez que a contadora teria pedido que o encontro fosse com o próprio Argôlo. “Ela queria gravar o deputado e envolvê-lo. Eu fui para saber o que de fato ela queria”, disse o advogado. Ele alegou ainda que, nesse encontro, Meire pediu R$ 250 mil ao parlamentar para saldar contas, o que a ex-contadora nega.
Mário Luiz (Carioca) com O Estadão
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