'Faz papel do escravo que, mesmo com carta de alforria, teve medo de deixar a Casa Grande', publicou policial federal da Paraíba em redes sociais.
Postagem com menção desrespeitosa a Joaquim Barbosa foi feita no Instagram do policial — Foto: Reprodução/Instagram
A Polícia Federal abriu nesta segunda-feira (29) um inquérito para
apurar a conduta de um policial da Superintendência Regional da Paraíba
que fez menções desrespeitosas ao ex-presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF) Joaquim Barbosa em postagens nas redes sociais no domingo
(28).
Por meio de nota enviada à imprensa, a PF explica que a Corregedoria
Regional do órgão já adotou os procedimentos necessários pertinentes ao
caso. A assessoria também informou que o policial está em missão e não
poderia ser contatado.
Postagem no Twitter feita por policial federal vai ser investigada pela PF — Foto: Reprodução/Twitter
As postagens foram feitas pelo policial federal na manhã do domingo
(28). No Twitter, às 8h07, o policial compartilhou uma postagem do
presidente eleito Jair Bolsonaro sobre a declaração de voto do ex-ministro Joaquim Barbosa ao então candidato do PT Fernando Haddad e fez o seguinte comentário:
“Na minha opinião, o negro Joaquim Barbosa, erigido ao posto de
Ministro do STF, apenas paga favor ao PT. Faz papel do escravo que,
mesmo com carta de alforria, teve medo de deixar a Casa Grande. Seu voto
é só isso: Apenas 1 voto. Nada mais.”
Em seguida, o servidor postou esta mesma mensagem no Instagram, ressaltando o conteúdo na legenda da foto.
"Joaquim Barbosa não é o primeiro caso de negro que, mesmo de posse de sua carta de alforria, se negou a deixar a Casa Grande e a convivência harmoniosa com seus senhores.”
A Polícia Federal explicou, na nota, que “reafirma o seu absoluto respeito às pessoas e às instituições mantendo o firme propósito de sempre apurar todas as condutas eventualmente irregulares de seus servidores”.
Ex-ministro do STF Joaquim Barbosa publicou apoio a Fernando Haddad
(PT) na reta final do 2º turno — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
Da Redação com G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário