Carros de serviço de imagem tinham código que "espionava" rede sem fio.
Arebalos disse, por e-mail, que "todos os carros" usados no serviço, que mostra imagens das cidades em 360º, estavam equipados com o software problemático. O executivo afirmou, entretanto, que o trabalho dos veículos foi interrompido até que o programa seja modificado e que os dados serão apagados.
– O software troca de canal cinco vezes por segundo, então o que se obtém são fragmentos. Nenhum desses dados foi utilizado e, quanto descobrimos que o programa havia coletado essas informações, decidimos anunciar isso ao público, parar os carros e mudar o sistema.
O trabalho dos carros no Brasil começou em julho do ano passado, em Belo Horizonte. No fim de 2009 foi a vez da cidade do Rio de Janeiro, seguida por São Paulo, que começou a ser fotografado em janeiro deste ano. De acordo com o Google, nessas cidades a captação das imagens já terminou. A empresa afirma que nos últimos meses os veículos estavam fotografando outros locais, mas não soube precisar exatamente quais. A meta é que imagens de todo o Brasil estejam disponíveis no serviço, que ainda não tem data de lançamento no país.
Essa é mais uma polêmica envolvendo o Street View, que está disponível em cerca de 30 países, e a privacidade. Como as imagens são feitas em lugares abertos e públicos, a empresa já se envolveu em polêmicas sobre a garantia da privacidade das pessoas fotografadas. Mesmo que o Google desfoque o rosto das pessoas e as placas dos veículos antes das imagens serem publicadas, a empresa já foi acusada de fotografar muitos moradores das cidades por onde passam seus carros em situações constrangedoras.
Da Redação Com R7