Hora marcada para sair, fardas e pessoas responsáveis por fazer uma lista com a ordem de saída de cada motorista, são algumas das alternativas encontradas pelos motoristas de transportes clandestinos para se organizarem. Na área externa do Terminal de Integração, por exemplo, onde ficam motoristas de alternativos levam passageiros para destinos como Recife (PE) e Natal (RN), muitos carros saem pelo menos cinco minutos antes do ônibus, mesmo que a lotação do carro não esteja completa. Para eles esta é uma estratégia para conquistar os clientes.
Já na avenida General Osório e na Praça Pedro Américo, a estratégia escolhida foi a padronização dos motoristas. Neste caso os motoristas vestem camisas de cores diferentes dependendo das cidades para onde transportam os passageiros.
O motorista Vandercleison de Oliveira, de 30 anos, faz viagens para Santa Rita e faz parte do grupo de motoristas que usam fardas cinzas. Segundo ele, a ideia da padronização surgiu para que os passageiros reconheçam os motoristas mais facilmente e para evitar a concorrência dos que eles chamam de “clandestinos dos clandestinos”. “Os passageiros se sentem mais seguros e muitos decidiram andar com a gente por causa do fardamento. Assim fica mais fácil deles nos identificarem e se esquecerem alguma coisa nos carros eles sabem onde ir procurar”, afirmou.
Além das fardas e dos horários, os grupos pagam a alguém para ficar responsável por coordenar a ordem de saída de cada carro. “Tem uma pessoa que organiza o ponto. A gente paga a esta pessoa para ela ficar na esquina chamando os passageiros e para organizar a ordem de saída dos motoristas”, explicou o motorista Luiz Carlos Oliveira, que leva passageiros para Sapé. (NX)
Reportagem: Mário luiz ( carioca )
Edição de Texto: Rafaela Soares
Fotos : Central Conde de Jornalismo
