Reportagem do SBT sobre prostituição infantil em CG pode incitar ploriferação da prática com menores
Vereador diz que materia sobre prostituição infantil repercutiu negativamente para Campina Grande e foi veiculada em período de turismo o que pode implicar numa ploriferação ainda maiorO jornalista Roberto Cabrini do programa SBT Repórter esteve em Campina Grande, na última segunda-feira, para fazer uma matéria a respeito da prostituição infantil. Tamanha foi à exposição das crianças e das famílias envolvidas, que culminou na indignação de parte da população campinense, sobretudo do vereador Olímpio Oliveira (PMDB). Para ele, a matéria teve um cunho impactante e foi desenvolvida no momento em que a cidade vive o seu principal evento turístico, o que pode significar uma proliferação ainda maior desse tipo de “comércio”.
"O repórter foi infeliz na sua abordagem, expondo locais onde as crianças fazem comércio, seus familiares e pondo em risco a vida dessas meninas. Parece que foi feito um pequeno comercial de cunho publicitário para que essas crianças estejam sob a mira dos turistas e que eles podem contar com mais essa 'atração turística'. Ainda não acredito que uma reportagem como essa, tenha sido permitida num momento chave como o que estamos passando no momento", comentou.
Olímpio Oliveira acredita que a matéria trouxe prejuízo para a cidade, porque houve uma exposição negativa na mídia nacional. Mas de maneira mais criteriosa, o vereador declarou que o impacto causado na sociedade é estarrecedor e a falta de oportunidades para estas famílias faz com que a cada dia o problema da prostituição infantil tenha índices alarmantes de crescimento. “Por trás de cada criança daquela, existe uma família abandonada e minha indignação de cidadão é do sistema político, envolvendo as três esferas, que é lamentavelmente de muita omissão, que permite que uma situação dessas perdure”, disse.
O vereador acrescentou que a prostituição infantil em Campina Grande não é novidade, mas ainda perdura e ele acredita que os agentes políticos devem dar oportunidades às famílias daquelas crianças para que elas possam ter um futuro melhor. “Todas aquelas pessoas envolvidas com a prostituição infantil são vítimas de um sistema cruel, não apenas as meninas, mas seus familiares. O jornalista veio, fez sua matéria e agora nós temos famílias marginalizadas nas suas próprias comunidades e se elas tinham um problema, agora elas têm um problema ainda maior devido a exposição que sofreram”, analisou.
A preocupação agora, na opinião de Olímpio Oliveira é o que pode ser oferecido como saída para as crianças e para as famílias envolvidas com a prostituição infantil? Para ele, é necessário que se faça política de maneira cívica, políticas públicas de inclusão, oferecendo desta forma oportunidades iguais à população. “Democracia é direito a oportunidades iguais”, frisou.
Da Redação Com Simone Duarte
PB Agora