As peças são feitas com algodão colorido, que só é produzido na Paraíba. As sementes foram desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A fibra já nasce colorida e dispensa corantes artificiais, que são poluentes. Originalmente, era possível contar apenas com as cores marfim, verde musgo e marrom claro e escuro, mas esta coleção trouxe novidades.
“O interesse dos compradores nos surpreendeu e tivemos até fila no nosso estande. Agora, o meu problema é contratar mais pessoas para atender as encomendas”, brinca a coordenadora do grupo Natural Cotton Color, Francisca Vieira.
O grupo, criado há seis anos, buscou aprimoramento no Sebrae na Paraíba. Eles participaram do Sebraetec, programa de soluções e inovação em tecnologia. Com isso, foi possível ampliar a cartela de cores com diversos tons de amarelo, por exemplo – sem perder o aspecto sustentável do produto. Foram desenvolvidos corantes naturais com caju, urucum e açafrão. Outra novidade é o corte de tiras de malha que permitem costura e trabalho em macramê, uma técnica de amarração manual de tecido. “Estes detalhes enriquecem a roupa e permitem que os estilistas tenham mais opções na hora de criar”, valoriza Francisca.
Mais do que uma matéria-prima ecológica, as empresas também assumem compromisso com a cadeia produtiva. A atividade beneficia diretamente cerca de 600 produtores rurais e 180 artesãs, que recebem uma remuneração 30% mais alta do que a praticada no mercado local, além de garantia de trabalho durante todo o ano. “Procuramos planejar para que nenhum deles sofra com problemas de sazonalidade. Esses compromissos traduzem o nosso conceito de sustentabilidade”, explica a representante comercial do grupo, Míriam Andretta.
O grupo vende para a maioria dos estados e nove países, como Espanha, Estados Unidos, Japão e Arábia Saudita. Nesta edição do Rio-à-Porter, devem abrir mais uma frente na Austrália. O faturamento em 2011 foi superior a US$ 80 mil.
Da Redação com Tosabendo
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