Governador morreu na madrugada desta segunda-feira vítima de câncer. Lula e Dilma Rousseff participam de missa com a família do companheiro.
A missa foi realizada pelo arcebispo de Aracaju Dom Palmeira Lesse e contou apenas com a presença da família e amigos mais próximos, em seguida o velório foi aberto para visitação dos sergipanos.
A assessoria de comunicação do Governo de Sergipe disse que durante a missa, Lula fez um discurso, se disse orgulhoso com a trajetória construída pelo companheiro e foi aplaudido. “Você não nos deve nada, Dedinha. Nós lhe seremos eternamente gratos".
Após a cerimônia, Lula conversou com os jornalistas.
“Acompanhei a carreira de Déda desde o início, além de militantes do PT fomos amigos e compadres. Ele morreu muito novo, tudo aconteceu muito rápido na vida dele. Meu sonho era vê-lo no Senado. Ele poderia ser o tribuno que está faltando lá e se destacar como um senador extraordinário que o Brasil precisa. Ele vivia pela política 24h por dia e sofria com os problemas da comunidade e dos amigos. Estou triste com a partida precoce dele, mas temos que guardar em nossas memórias ele bem e feliz”, afirmou.
Sobre a doença enfrentada por Déda, Lula disse acompanhou todo o sofrimento do compadre e sempre fez questão de fazer constantes visitas para incentivá-lo a lutar pela vida. “Ele sofreu muito e ficava muito triste cada vez que passava por uma sessão de quimioterapia e o medicamento não funcionada. Tinha dia que ele estava se entregando e dizia ser o fim, mas eu estava sempre por perto dando força e colocando ele pra cima incentivando ele a lutar pela vida e nunca desistir”, recorda.
A presidente Dilma Rousseff não se pronunciou e retornou a Brasília no fim da noite. Lula também retornou a São Paulo. “Queria ficar mais um pouco, mas a Marisa está me esperando”, afirmou.
Dilma fala em 'grande amigo'
Mais cedo, Dilma Rousseff lamentou em seu perfil no microblog Twitter, a morte do governador na rede social e disse queque perdeu "um grande amigo" e que o Déda "fará falta".
Em nota oficial divulgada pelo Palácio do Planalto, a presidente ressaltou os talentos literários e políticos do chefe do Executivo sergipano.
"Déda era capaz de recitar poesia, inclusive as próprias, com a força de um grande artista e a naturalidade de um repentista. Ao mesmo tempo, era capaz de aprimorar uma discussão com uma lógica irretocável", relatou no texto oficial.
No comunicado, Dilma cita os nomes da mulher e dos cinco filhos de Déda e diz que eles perderam "um companheiro leal" e "um pai amoroso". "Déda foi um exemplo de coragem na saúde e na doença e um exemplo de caráter na vida privada e na trajetória pública."
No comunicado, Dilma cita os nomes da mulher e dos cinco filhos de Déda e diz que eles perderam "um companheiro leal" e "um pai amoroso". "Déda foi um exemplo de coragem na saúde e na doença e um exemplo de caráter na vida privada e na trajetória pública."
Velório no Palácio Museu
O velório do governador de Sergipe Marcelo Déda começou por volta das 20h (horário de Brasília) desta segunda-feira (2) com uma missa celebrada pelo arcebispo de Aracaju Dom Palmeira Lessa no Palácio Museu Olímpio Campos, fechado apenas para familiares e autoridades. A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente da Republica Luiz Inácio Lula da Silva chegaram no início da noite e seguiram do aeroporto direto para o velório.
O governador em exercício de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB), o prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), os governadores da Bahia (Jaques Wagner), amigo de Déda, Ceará (Cid Gomes), Distrito Federal (Agnelo Queiroz) e Rio de Janeiro (Sérgio Cabral), além dos ministros José Elito Siqueira (Segurança Institucional), Helena Chagas (Comunicação), Eleonora Menicucci (Mulheres), José Eduardo Cardozo (Justiça), Aloizio Mercadante (Educação), Tereza Campello (Desenvolvimento Social) também participam da cerimônia.
O velório segue aberto para o público até às 13h desta terça-feira (3). Em seguida o corpo será levado para ser cremado em Salvador.
Corpo chega à Aracaju
O corpo do governador de Sergipe Marcelo Déda chegou a Aracaju às 17h35 (horário de Brasília) em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que foi disponibilizado a pedido da presidente Dilma Rousseff.O corpo saiu do Hospital Sírio Libanês e seguiu para o Aeroporto Internacional de Guarulhos em um carro fúnebre no fim da manhã. O avião decolou para Aracaju por volta das 15h, de acordo com a assessoria do Governo de Sergipe.
Do Aeroporto Santa Maria, o corpo foi transportado pelo Corpo de Bombeiros para o Palácio Museu Olímpio Campos, no Centro da capital, onde está sendo velado. O trajeto foi feito em carro aberto, pela Avenida Beira Mar que é uma das mais importantes de Aracaju. Marcelo Déda morreu nesta segunda-feira vítima de câncer em São Paulo.
A primeira dama, Eliane Aquino, os filhos de Marcelo Déda e o petista Luis Eduardo Dutra acompanham o cortejo em cima do carro do Corpo de Bombeiros.
Centenas de sergipanos seguiram o cortejo e acompanham a passagem do carro do Corpo de Bombeiros pelas ruas. Por onde passou, o governador foi ovacionado com a bandeira de Sergipe e também camisas, bandeiras e bonés do PT.
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), amigo de Déda e o governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), também participaram do cortejo.
Cortejo e velório alteram o trânsito
As ruas no entorno da Praça Fausto Cardoso, no Centro, estão fechadas em decorrência do velório do corpo do governador que ocorrerá no Palácio Museu Olímpio Campos. Agentes da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), estão no local para orientar os motoristas sobre os desvios.
De acordo com a SMTT, o estacionamento nas vias que circundam a praça está proibido. Os motoristas que transitam pela Rua Itabaiana deverão entrar à esquerda na Rua Itaporanga, para seguirem sentido Centro. Já aqueles que seguem pela Rua Propriá irão acessar a Rua Itabaianinha. A Avenida Ivo do Prado ficará livre durante o cortejo do corpo, que tem início previsto às 16h, com saída do Aeroporto Internacional de Aracaju, no Bairro Santa Maria, na Zona Sul.
Mário Luiz (Carioca) com G1
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