Nadir Soofi dividia apartamento com Elton Simpson, já conhecido do FBI.
Dupla tentou atacar centro que sediava concurso de caricaturas de Maomé.
Investigadores
recolhem uma arma usada no ataque ao Curtis Culwell Center, em Garland,
no Texas, na segunda-feira (4) (Foto: AP Photo/Brandon Wade)
Nadir Soofi é o nome do segundo atirador morto durante um ataque a um centro cultural no Texas,
onde era realizado um concurso de caricaturas de Maomé, na noite de
domingo (3). Segundo agentes do FBI ouvidos pela CNN, ele dividia um
apartamento com Elton Simpson, o outro atirador.Simpson e Soofi tinham a intenção de “matar pessoas”, segundo o FBI, mas não chegaram a entrar no centro cultural. Eles atiraram em um segurança, cujo nome não foi divulgado, e o atingiram no tornozelo. O guarda não foi ferido gravemente e não corre risco de morte.
Elton Simpson, identificado como um dos atiradores do centro cultural no Texas (Foto: Reprodução/ABC News)
Na sequência, de acordo com o porta voz do Departamento de Polícia de
Garland, Joe Harn, um policial que atua no controle de trânsito e que
estava fazendo hora extra como segurança do evento, disparou e acertou
os dois, que morreram no local. Os atiradores estavam armados com rifles
e usavam coletes a prova de balas, enquanto o segurança tinha apenas
uma pistola.A identidade do policial não foi divulgada, mas sua atuação foi elogiada por seus superiores. “Ele fez o que estava treinado para fazer, e sob a ameaça em que estava, fez um trabalho muito bom. E provavelmente salvou vidas. Achamos que o plano deles era entrar no centro cultural, e eles não conseguiram atravessar o perímetro que estabelecemos”, disse Harn.
Conhecido pelo FBI
Elton Simpson era conhecido pelo FBI há alguns anos. Ele foi condenado em 2011 por dar um testemunho falso em uma investigação sobre terrorismo internacional e doméstico, e foi sentenciado a três anos de liberdade condicional.
Vista
aérea mostra o carro usado pelos atiradores no ataque ao Curtis Culwell
Center, em Garland, no Texas (Foto: Reuters/Rex Curry)
Na época, ele negou ao FBI ter discutido uma viagem à Somália para se
envolver na jihad, quando na verdade ele tinha realizado a conversa.Pouco antes do ataque, ele teria publicado um tuíte com a hashtag “#texasattack”. “Que Alá nos aceite como mujahideen ('santos guerreiros')”, dizia a mensagem.
Ataque
Os dois homens se aproximaram de carro do estacionamento do Culwell Centre Curtis da cidade de Garland, perto de Dallas, onde quase 300 pessoas assistiam ao evento neste domingo, que os organizadores promoveram como um acontecimento a favor da liberdade de expressão.
Policiais da unidade especial SWAT informaram que ao chegar ao local os dois homens abriram fogo e feriram um guarda. Outro segurança atirou de volta e matou os dois.
Após a troca de tiros, o local em que acontecia o concurso foi isolado e os participantes foram impedidos de deixar o prédio, mas foram liberados pouco depois.
Uma equipe do esquadrão antibombas inspecionou o carro dos atiradores, pois suspeitavam da possibilidade de explosivos no veículo.
Fita
de isolamento impede a aproximação ao condomínio Autumn Ridge, onde
viviam os atiradores que atacaram o Curtis Culwell Center, em Garland,
no Texas (Foto: Reuters/Nancy Wiechec)
O porta-voz da polícia de Garland, Joe Harn, afirmou pouco depois que a
ameaça aparentemente foi controlada, mas helicópteros da força de
segurança patrulhavam a região por precaução.De acordo com a organização SITE, que monitora as comunicações de combatentes e grupos jihadistas, um homem reivindicou o ataque em uma conta do Twitter relacionada com a organização Estado Islâmico (EI). A pessoa escreveu o ato foi executado por simpatizantes do grupo.
"Dois de nossos irmãos abriram fogo contra a exposição artística do profeta Maomé no Texas", afirma a mensagem de um homem que se identifica na rede como Abu Hussain al-Britani.
De acordo com o SITE este é o nome de combate do jihadista britânico do EI Junaid Hussain.
Mário Luiz (Carioca) com G1
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