Secretário diz que Bope, BPChoque e Batalhão Florestal ficam nas favelas.
Chuvas da Região Serrana atrasaram a operação no Rio.
"Prefiro que os traficantes saiam (das comunidades) a entrar à custa da vida de um inocente", disse o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, para justificar o fato de a operação de ocupação das favelas de Catumbi, Estácio, Santa Teresa, no Centro, ter sido amplamente divulgada com quase uma semana de antecedência.
Segundo Beltrame, essa foi a estratégia decidida pelo governador, já que a operação deste domingo (6) tem como principal objetivo a ocupação de territórios antes dominados por traficantes.
"O objetivo é ocupar territórios sem aumentar as estatísticas de bala perdida, de auto de resistência, de homicídio e de ferimentos a qualquer civil", enfatizou Beltrame, em entrevista coletiva depois do término da ocupação.
Em entrevista coletiva no Centro de Controle de Operações montado no Batalhão de Choque, no Centro do Rio, Beltrame disse que as chuvas que assolaram a Região Serrana do Rio no início de janeiro atrasaram a megaoperação. Segundo ele, com todo os batalhões da Polícia Militar e delegacias especializadas da Polícia Civil nas áreas afetadas, só agora foi possível cumprir o plano de ocupação de nove favelas.
Para o secretário, a operação, que reuniu várias forças estaduais e federais, a exemplo do que aconteceu no Alemão, em novembro, pode servir de modelo para outros estados do país. "Daqui podemos levar essas ações para outros estados e, quem sabe, diminuir o índice de criminalidade, que não é só o carioca que quer, é todo o Brasil que quer", afirmou.
Polícia cercou 47 pontos da região
"Cercamos 47 pontos de saída dessas comunidades e patrulhamos 17 bairros do entorno. Eu e todos nós nos comprometemos a seguir no encalço dos traficantes, seguindo o planejamento feito em outros lugares. Centenas de pessoas foram presas depois da ocupação do Alemão, que fora de seus redutos, ficam mais vulneráveis. Nem todos têm onde se abrigar. Estamos atentos a essa movimentação", disse o secretário destacando que não tem intenção de recuperar 30, 40 anos de abandono do Rio em quatro ou cinco anos.
Segundo Beltrame a intenção do trabalho que está sendo feito agora é fazer com que grandes operações como a deste domingo não voltem a se repetir em favelas como Alemão e Pavão-Pavãozinho, já ocupadas.
Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Batalhão de Choque (BPChoque) e do Batalhão Florestal vão permanecer nas nove favelas, em trabalho de varredura e procura de depósito de armas e drogas até a instalação definitiva de três UPPs, que deverá ocorrer em um mês.
Da Redação com G1
Segundo Beltrame, essa foi a estratégia decidida pelo governador, já que a operação deste domingo (6) tem como principal objetivo a ocupação de territórios antes dominados por traficantes.
"O objetivo é ocupar territórios sem aumentar as estatísticas de bala perdida, de auto de resistência, de homicídio e de ferimentos a qualquer civil", enfatizou Beltrame, em entrevista coletiva depois do término da ocupação.
Vista do alto do Morro dos Prazeres após a
ocupação (Foto: Thamine Leta/G1)
Modelo de operação pode ser levados para outros estadosocupação (Foto: Thamine Leta/G1)
Em entrevista coletiva no Centro de Controle de Operações montado no Batalhão de Choque, no Centro do Rio, Beltrame disse que as chuvas que assolaram a Região Serrana do Rio no início de janeiro atrasaram a megaoperação. Segundo ele, com todo os batalhões da Polícia Militar e delegacias especializadas da Polícia Civil nas áreas afetadas, só agora foi possível cumprir o plano de ocupação de nove favelas.
Para o secretário, a operação, que reuniu várias forças estaduais e federais, a exemplo do que aconteceu no Alemão, em novembro, pode servir de modelo para outros estados do país. "Daqui podemos levar essas ações para outros estados e, quem sabe, diminuir o índice de criminalidade, que não é só o carioca que quer, é todo o Brasil que quer", afirmou.
Polícia soltou fumaça azul para simbolizar vitória da
operação (Foto: Thamine Leta / G1)
Beltrame lembrou ainda que esta foi uma operação que exigiu um minucioso planejamento, já que as comunidades ocupadas estão na região do Centro do Rio, "uma área historicamente difícil e complicada para a polícia trabalhar" e que tem ligação direta com a Zona Sul do Rio.operação (Foto: Thamine Leta / G1)
Polícia cercou 47 pontos da região
"Cercamos 47 pontos de saída dessas comunidades e patrulhamos 17 bairros do entorno. Eu e todos nós nos comprometemos a seguir no encalço dos traficantes, seguindo o planejamento feito em outros lugares. Centenas de pessoas foram presas depois da ocupação do Alemão, que fora de seus redutos, ficam mais vulneráveis. Nem todos têm onde se abrigar. Estamos atentos a essa movimentação", disse o secretário destacando que não tem intenção de recuperar 30, 40 anos de abandono do Rio em quatro ou cinco anos.
Segundo Beltrame a intenção do trabalho que está sendo feito agora é fazer com que grandes operações como a deste domingo não voltem a se repetir em favelas como Alemão e Pavão-Pavãozinho, já ocupadas.
Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Batalhão de Choque (BPChoque) e do Batalhão Florestal vão permanecer nas nove favelas, em trabalho de varredura e procura de depósito de armas e drogas até a instalação definitiva de três UPPs, que deverá ocorrer em um mês.
Ocupação de nove morros durou menos de 2 horasMenos de duas horas depois do início da entrada de policiais em favelas do Centro do Rio, a Polícia Militar anunciou que os nove morros da região já estavam completamente ocupados.A megaoperação começou por volta das 4h para ocupar nove favelas do Estácio, Catumbi e Santa Teresa, no Centro do Rio. A primeira parte da ação contou com agentes da polícia civil cercando 48 pontos dessas comunidades e, às 6h, homens, em sua maioria da Polícia Militar, começaram a entrar nos morros São Carlos, Zinco, Querosene, Mineira, Coroa, Fallet, Fogueteiro, Escondidinho e Prazeres.
Os blindados da Marinha chegaram ao Batalhão de Choque da Polícia Militar, no Centro da Cidade, na noite de sábado (5) e, segundo a Secretaria de Segurança Pública, às 4h, os 846 homens que participam da operação já estavam de prontidão. Ao todo, são 380 agentes da Polícia Militar; 189, da Polícia Civil; 103, da Polícia Federal; e 24, da Polícia Rodoviária Federal. A Marinha dará reforço com 150 fuzileiros navais e 21 blindados.
A expectativa da secretaria é que as três novas Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) beneficiem ainda os 17 bairros do entorno, com uma população de cerca de 520 mil pessoas. A previsão é que mais de 630 policiais integrem as unidades implantadas na região.Da Redação com G1
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