Terremoto retorce trilhos de trem em cidade da Nova Zelândia
Tremor de magnitude 6,3 atingiu a cidade de Christchurch.
Número de mortos chega a 75, e buscas por desaparecidos prosseguem.
Trilho retorcido pelo abalo do terremoto em Christchurch, na Nova Zelândia, nesta quarta-feira (23). Subiu para 75 o número de mortos por causa do terremoto de magnitude 6,3
que abalou a cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, na terça-feira
(22), segundo as autoridades locais. Cerca de 300 pessoas ainda estão
desaparecidas.
O primeiro-ministro John Key declarou nesta quarta-feira (23) estado de
emergência nacional devido ao tremor. Na terça, o prefeito Bob Parker,
já havia declarado estado de emergência na cidade.Key pediu que os neozelandeses ajudem as vítimas e assegurou aos desabrigados que "o resto do país está com vocês e os apoiamos com tudo".
O premiê avaliou que a reconstrução de Christchurch custará entre US$ 6 bilhões e US$ 8 bilhões, embora alguns analistas calculem que os danos podem superar os US$ 16 bilhões.
Até o momento, foram resgatadas dos escombros 120 pessoas. "Estamos recebendo mensagens de texto e rastreando sons dos sobreviventes, e esse é o nosso foco no momento", disse o comandante da polícia, Russell Gibson, à rádio New Zealand.
O terremoto foi o segundo grande tremor em cinco meses na cidade, que tem 400 mil habitantes, e foi também o mais letal desastre natural no país em 80 anos.
"Nós bem podemos estar testemunhando o dia mais sombrio da Nova Zelândia", disse o primeiro-ministro à TV local. "É difícil descrever. O que era uma cidade vibrante algumas horas atrás agora está de joelhos", acrescentou Key.
Mapa localiza região do tremor (Foto: Arte/G1)
As autoridades identificaram 55 corpos e ainda há 20 para serem
identificados. O número de vítimas fatais certamente aumentará, já que o
esforço se concentra na busca frenética de sobreviventes, antes da
recuperação e identificação das vítimas fatais.'Há corpos espalhados nas ruas. Eles estão presos nos carros, esmagados sob os escombros', afirmou o comandante Gibson.
O tremor ocorreu na hora do almoço (fim da noite de segunda-feira, 21, no Brasil). Ruas e lojas estavam muito movimentadas, e os escritórios ainda estavam ocupados.
Terremoto de magnitude 6,3 já deixou ao menos 75 mortos em Christchurch, na Nova Zelândia. (Foto: Simon Baker / Reuters)
Em algumas ruas de Chistchurch o tremor gerou crateras de até um metro
de profundidade. A polícia e o Exército montaram um cordão de segurança
ao redor da zona mais afetada.20 tremores secundários
O terremoto sacudiu a cidade de Christchurch às 12h51 da terça-feira no horário local (20h51 da segunda, em Brasília), de acordo com o Serviço Geológico dos EUA (USGS, na sigla em inglês), que monitora tremores pelo mundo. O epicentro do tremor foi localizado a 4 km de profunidade, a 5 km ao noroeste de Christchurch.
O hospital local recebeu muitos pacientes com membros esmagados, cortes e dores no peito, e os casos mais sérios podem ser transferidos para outras cidades. Militares foram mobilizados para participar do resgate.
O aeroporto da cidade foi fechado, e o centro foi esvaziado, de acordo com a polícia.
Um forte tremor de magnitude 7,2 havia atingido a mesma cidade em setembro de 2010, deixando 20 feridos e destruindo edifícios, o que fez o país decretar estado de emergência.
Christchurch é considerada um pedaço da Inglaterra no Hemisfério Sul. Tem uma famosa catedral, agora praticamente destruída, e um rio chamado Avon - como na Inglaterra. Tem muitos edifícios históricos, construídos em pedra, e também é frequentada por estrangeiros que desejam aprender inglês e por turistas que a usam como trampolim para excursões pela Ilha Sul da Nova Zelândia.
Ajuda americana
Uma equipe de socorristas americanos viajou nesta terça para a Austrália para ajudar no resgate. "Uma equipe americana de busca e socorro está viajando", anunciou o porta-voz do Departamento, Philip Crowley, no Twitter.
A secretária de Estado, Hillary Clinton, transmitiu as condolências dos EUA durante uma conversa por telefone com o colega neozelandês, Murray McCully.
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