Tensão cresce no Egito. Eleições legislativas, as primeiras desde a queda de Hosni Mubarak, estão progaramadas para a próxima semana
Os slogans mais ouvidos eram "Fora, fora" e "O povo quer a queda do marechal", em referência ao chefe da Junta Militar que governa Egito, o marechal Hussein Tantawi. Os manifestantes não acreditam que o Conselho Supremo das Forças Armadas vá trazer a democracia ao Egito, apesar da previsão de eleição na próxima semana, a primeira depois da queda do ditador Hosni Mubarak.
Mahmoud contou que a batalha campal começou quando a Polícia despejou familiares de vítimas da revolução no sábado. O grupo havia acampado na sexta-feira no centro da praça. Pouco depois, centenas de jovens foram para o local e enfrentaram à Polícia de choque, que disparou gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os manifestantes, que responderam lançando pedras.
Os choques ocorrem um dia depois de milhares de egípcios ocuparem a praça para protestarem contra o documento proposto pelo vice-primeiro-ministro, Ali el-Selmi, que previa uma série de prerrogativas a Junta Militar na futura Constituição. No documento, Selmi sugeriu que o comitê constituinte fosse formado por 100 pessoas, das quais só 20 sairiam do Parlamento, o que enfureceu a maior parte dos partidos.
Nas últimas horas deste sábado, Selmi voltou atrás e anunciou que o comitê de especialistas que redigirá a Carta Magna terá de receber a aprovação do Parlamento que sair do próximo pleito; uma proposta já rejeitada pela principal formação opositora, o Partido da Liberdade e Justiça da Irmandade Muçulmana.
Da Redação com Época
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