José Pimentel tem 27 anos, é de origem dominicana e tinha se convertido ao Islã. Ele "pretendia utilizar bombas contra viaturas de polícia, agências dos correios e contra militares que retornam do exterior", indicou o prefeito durante uma entrevista coletiva à imprensa, acrescentando que era "um lobo solitário", sem ligação com grupo algum.
O comissário de polícia Raymond Kelly disse que Pimentel é cidadão americano e seguia o clérigo radical Anwar al Awlaqi, morto em um ataque dos EUA este ano.
"Ele falou em mudar seu nome para Osama Hussein, para homenagear seus heróis, Osama bin Laden e Saddam Hussein," disse Kelly.
Andrew Burton /Reuters | ||
Prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, anuncia a prisão de homem que planejava atentado a bomba na cidade |
O comissário considerou que a motivação de Pimentel para tentar cometer os atentados "foi a eliminação de Anwar al Awlaqi".
Awlaqi, suspeito de envolvimento em diversos ataques nos Estados Unidos e de recrutar americanos para a sua causa, foi morto em um ataque aéreo no Iêmen em setembro.
De acordo com chefe de polícia, Pimentel foi vigiado por dois anos e havia fabricado nos últimos meses três bombas caseiras em seu apartamento, depois de comprar os componentes em vários sites.
As bombas, no entanto, não estavam completamente terminadas no momento da prisão.
"Ele falou de matar militares dos Estados Unidos que retornam do Iraque e Afeganistão, em particular do Exército e dos Marines. Mencionou bombardeios a agências dos correios nos arredores de Washington Heights e carros de polícia na cidade de Nova York, assim como a uma delegacia de polícia de Nova Jersey", disse o chefe de polícia.
As autoridades explicaram que decidiram atuar no sábado para evitar riscos.
Segundo Bloomberg, com o desmantelamento deste complô, que exemplifica o tipo de "ameaça" que o FBI vem alertando há anos, já são 14 as tentativas falidas de ataque na cidade desde os atentados terroristas de11 de setembro de 2001.
A última vez que Nova York esteve sob a sombra da uma ameaça terrorista foi no início de setembro passado, alguns dias antes da comemoração do décimo aniversário dos atentados.
A cidade se blindou então sob extremas medidas de segurança para comemorar o décimo aniversário dos atentados, após receber o que as autoridades qualificaram como uma "ameaça crível, mas não confirmada".
A última ameaça real em Nova York ocorreu em maio de 2010, quando um homem colocou uma bomba em um veículo na praça de Times Square, que foi descoberta e desarmada pela polícia.
Da Redação com Folha
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