CONFIRMADO: apesar de tentativa de boicote, Aguinaldo confirma prestígio e é o novo Ministro das Cidades
O ministro das Cidades, Mário Negromonte, deixou o cargo nesta
quinta-feira após reunir-se com a presidente Dilma Rousseff por cerca de
15 minutos e entregar sua carta de demissão.
Pouco depois, Dilma se reuniu com o novo titular da pasta, Aguinaldo
Ribeiro (PB), líder do PP na Câmara dos Deputados. O novo ministro deve
ser empossado nesta sexta-feira ou na próxima segunda-feira (6).
Ribeiro é aliado do antecessor de Negromonte na pasta, o ex-ministro
Márcio Fortes, atualmente no comando da APO (Autoridade Pública
Olímpica). Contra a sua indicação pesava o fato de respoder a um
processo que apura crimes previstos na lei de licitações.
Em sua carta de demissão, Negromonte se diz fiel à presidente e promete
apoio no Congresso Nacional. Ele é o oitavo ministro a deixar o cargo
desde o início do governo Dilma, o sétimo por conta de irregularidades
na pasta.
"A Presidenta da República agradece os serviços por ele prestados ao
país à frente da pasta e lhe deseja boa sorte em seus novos projetos",
afirma nota da Secretaria de Comunicação Social do Planalto, comunicando
oficialmente a demissão de Negromonte.
Negromonte comunicou ontem ao seu grupo político no PP que pediria
demissão do cargo hoje. Seu provável substituto, Ribeiro foi chamado na
manhã de hoje para uma reunião com o presidente nacional do PP, senador
Francisco Dornelles (RJ).
A situação de Negromonte agravou-se na semana passada após a Folha
revelar a participação dele e do secretário-executivo, Roberto Muniz, em
reuniões privadas com um empresário e um lobista interessados num
projeto do ministério.
O episódio culminou com a demissão do chefe de gabinete do ministro, Cássio Peixoto, na quarta-feira. Muniz também deve sair.
HISTÓRICO
Negromonte é o primeiro ministro a deixar o governo da presidente Dilma
neste ano devido a suspeitas de irregularidades em sua gestão.
Em 2011, primeiro ano de governo da presidente, seis ministros deixaram o
governo na mesma condição: Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo
Nascimento (Transportes), Pedro Novais (Turismo), Orlando Silva
(Esporte), Wagner Rossi (Agricultura) e Carlos Lupi (Trabalho).
Neste ano, houve troca de ministros devido às eleições municipais:
Fernando Haddad deixou a pasta de Educação para se dedicar à disputa
pela Prefeitura de São Paulo. Aloizio Mercadante, então ministro de
Ciência e Tecnologia, assumiu a função.
Da Redaão com A Folha
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