Cerca
de 300 micro e pequenas indústrias da Paraíba serão beneficiadas com o
projeto de mobilização para inovação que reúne Sebrae, Confederação
Nacional da Indústria (CNI), Federação da Indústria do Estado da Paraíba
(Fiep), Serviço Social da Indústria (Sesi) e Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (Senai). O objetivo é ampliar a competitividade
desses empreendimentos, por meio de ações de mobilização, capacitação,
consultoria e assessoria em gestão. A proposta, já lançada em João
Pessoa na terça (24), será apresentada nesta quinta-feira (26) no
município de Itaporanga, a 400 quilômetros de João Pessoa. Durante dois
anos, serão investidos mais de R$1 milhão.
“A inovação não deve ser um caso pontual dentro da empresa. Deve ser
sistêmica, continuada, com metodologia e organização”, destaca o gerente
de capacitação tecnológica da Associação Brasileira da Indústria Têxtil
(ABIT), Sylvio Napoli, que proferiu palestra no auditório do Senai,
durante o lançamento do projeto na capital paraibana. Sylvio, que é
doutor em Engenharia de Produção e atua na área têxtil desde 1969,
afirma também que a inovação é fundamental para a permanência das
empresas no mercado.
Segundo o gerente da Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia do Sebrae
na Paraíba, Fernando Ronaldo Araújo, a partir do mês de maio, as
soluções inovadoras do Sebrae serão ofertadas para as indústrias.
“Atuaremos como um provedor de soluções”, disse Fernando. Cláudio
Soares, gestor do projeto Agente Local de Inovação (ALI) destaca que os
programas de inovaçã, como o SebraeTec e Negócio a Negócio, estarão à
disposição dessas indústrias.
Para o vice-presidente da Fiep e presidente do Sindicato da Indústria
Textil na Paraíba, Magno Rossi, a única maneira da indústria têxtil
brasileira competir com o mercado asiático é por meio da inovação. “O
algodão colorido da Paraíba é considerado um diferencial e um ótimo
exemplo de inovação na indústria têxtil. Mas esse precisa ser um
processo contínuo, com a frequente capacitação de pessoas nas mais
diversas áreas”, completa Rossi.
“A inovação é um pré-requisito para a sobrevivência das empresas,
atualmente. Para continuarmos no mercado, principalmente o têxtil e o de
confecções, que sofre com a concorrência de países como a China, é
preciso estar sempre inovando”, afirma a empresária do ramo de
confecções, Francisca Vieira.
O projeto pretende mobilizar os da capital e do interior do estado, como
Campina Grande, Patos, Sousa, Guarabira, Catolé do Rocha, Cajazeiras e
Itaporanga. “Serão realizados vários seminários com a temática inovação,
através de ações de mobilização, capacitação, consultoria e assessoria
na elaboração e implantação de planos de inovação”, diz a coordenadora
do projeto e superintendente do IEL/PB, Kênia Quirino. Também prevê
atendimento aos setores têxtil, de calçados, confecção, panificação,
móveis, leite e derivados, alimentos e bebidas, plásticos e minerais.
Rafaela Soares com Revista Pegn
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