sexta-feira, 1 de junho de 2012

Carioca faz campanha para ajudar namorada, com leucemia.

Arquiteto lança campanha bem-humorada para buscar medula compatível com a namorada, que tem leucemia

Em julho de 2011, o arquiteto Sandro Batalha recebeu uma notícia que mudou os rumos da sua vida: a namorada Karina Lopes, de 26 anos, estava com leucemia. A tristeza chegou, é claro. Mas logo ganhou uma companheira com superpoderes: a esperança. Sandro convocou os amigos e formou uma liga de heróis, o "Exército Maravilha", que administra um blog e que acaba de lançar uma campanha bem-humorada para incentivar a doação de medula óssea.
— No começo, a ideia era levar força e energia boa para a Karina no hospital. Depois, resolvemos mostrar que a doação de medula é simples, não dói. Muita gente ainda tem medo. Eu mesmo, antes de saber como era, não tinha coragem — conta Sandro.
Karina tentou durante quase um ano um tratamento com quimioterapia. Há cerca de três semanas, porém, ela descobriu que os resultados não foram positivos. A jovem precisa de um transplante para sobreviver.




Sandro, Caroline e Rafael com a máscara de Karina


Sandro, Caroline e Rafael com a máscara de Karina Foto: Nina Lima / Extra
Apesar da situação difícil, Sandro e seu séquito de amigos se armaram de pensamentos positivos para enfrentar o problema. No vídeo de lançamento da campanha, o baixo astral passa longe. Com direito à praia e máscaras com a foto de Karina, ele mostra todo o caminho que se percorre entre a chegada ao Instituto Nacional do Câncer (Inca) e o cadastro no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea, o Redome.
A campanha mobilizou Caroline Khouri El Dahr, de 27 anos, a procurar o Inca. O que, a princípio, era um gesto de carinho pela amiga Karina, acabou fazendo com que a arquiteta mudasse seu modo de ver a vida.
— A sensação de se cadastrar é incrível. Não é um gesto só para a Karina. É para todo mundo que está esperando na fila. Eu estou torcendo para ser compatível com alguém — garante.
Atualmente, existem 2,4 milhões de doadores de medula óssea cadastrados no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Esse é o terceiro maior banco de dados do mundo, atrás apenas de Estados Unidos (cinco milhões) e Alemanha (três milhões). Apesar disso, achar uma medula compatível ainda é muito difícil.
— No Brasil, é mais complicado encontrar um doador com 100% de compatibilidade porque nós somos fruto de uma mistura de muitas etnias diferentes — explica o hematologista e oncologista Ricardo Teixeira, autor do livro "Tenho câncer, e agora?" (Nova Razão Cultural).
No Rio, o cadastramento é feito no Inca (Praça Cruz Vermelha 23) e no Hemorio (Rua Frei Caneca 8, Centro). São aceitos doadores com idades de 18 a 55 anos.


Mário Luiz (Carioca) com Extra

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