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Mais
de 6 mil políticos que ocupam algum cargo de gestão no serviço público
já estão inelegíveis por oito anos a contar das eleições municipais de
outubro. Essas pessoas tiveram suas contas julgadas irregulares pelo
Tribunal de Contas da União (TCU) e, por isso, serão atingidos pela Lei
da Ficha Limpa.A informação é do presidente do TCU, Benjamim Zymler, que hoje entrega a lista completa dos gestores, às 17 horas, à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia. "Este é um momento muito importante porque dá consequência concreta ao julgamento das contas irregulares do TCU", destacou o presidente do tribunal.
Zymler acrescentou que além da punição por multas e quitação dos débitos pendentes por causa de má gestão de recursos públicos, essas pessoas estarão inelegíveis. O ministro lembrou que todos os gestores tiveram suas contas julgadas em caráter definitivo, prerrogativa para que uma pessoa seja enquadrada na Lei da Ficha Limpa.
"Realmente essa é uma consequência importante, e muito bem-vinda a possibilidade de tornar inelegíveis aqueles que não souberam lidar com o dinheiro público de forma adequada", ressaltou Benjamim Zymler. O presidente do TCU lembrou que esses gestores tiveram direito, até a última instância, à ampla defesa.
O presidente do TCU entregou hoje (19) ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o relatório de análise das contas do governo federal. As ações da presidente Dilma Rousseff em seu primeiro ano de gestão foram aprovadas com 25 ressalvas e 40 recomendações, já encaminhadas ao Executivo. O relator, ministro José Múcio Monteiro, destacou que todas as ressalvas estão relacionadas a aspectos de conformidade da receita pública, da dívida pública, da execução do orçamento e das demonstrações contábeis.
Mário Luiz (Carioca) com Revista Exame
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