quinta-feira, 7 de junho de 2012

Polícia divulga imagens de câmeras de prédio onde executivo foi morto

Elize Matsunaga confessou morte de marido, Marcos Matsunaga.
Diretor da Yoki foi atingido por tiro na cabeça e teve corpo esquartejado.

A Polícia Civil divulgou na noite desta quarta-feira (6) as imagens das câmeras de segurança de um prédio na Vila Leopoldina, na Zona Oeste de São Paulo, que mostram o que aconteceu antes e após a morte do diretor-executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, de 42 anos. A mulher dele, Elize Araújo Kitano Matsunaga, de 38 anos, confessou o crime à polícia.
As imagens do edifício onde o casal morava mostram Marcos entrando no prédio no dia 19, mas não registram sua saída. No dia seguinte, a gravação mostra Elize saindo do elevador, levando três malas com rodinhas. E mostra também a volta dela, 12 hora depois, sem as malas (confira a cronologia na arte abaixo).
Yoki crime arte nova (Foto: G1)
Traição
Durante o interrogatório nesta quarta, que durou cerca de oito horas, Elize disse à polícia que matou o marido com um tiro na cabeça após discutir com ele por causa de uma suposta traição, segundo o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Jorge Carlos Carrasco. A mulher afirmou ainda que foi agredida pelo executivo e que, por isso, atirou.
"Não houve premeditação, houve uma briga”, disse o diretor do DHPP. Questionado sobre o fato de nenhum vizinho ter ouvido o som do disparo, Carrasco respondeu que o apartamento, além de ter uma área grande (é um triplex), tem janelas antirruído.
Elize tinha uma filha de 1 ano com o executivo da Yoki. Ela é bacharel em direito e técnica em enfermagem e está presa desde segunda-feira (4) por suspeita de assassinato. A Justiça concedeu a prorrogação da prisão dela por mais 15 dias.
O delegado informou que Elize confessou que o crime foi passional e provocado por uma traição. A arma usada no assassinato é calibre 380 e já está com a polícia, segundo Carrasco.
A mulher contou em depoimento que, após atirar no executivo, arrastou o corpo até um quarto, onde usou uma faca de 30 centímetros para esquartejar o cadáver. “Por ser conhecedora de anatomia humana, por ter feito um curso de enfermagem, ela pegou uma faca e cortou nas juntas, nas cartilagens”, disse Carrasco.
A ausência de sangue, segundo o delegado, deveu-se ao tempo passado entre a morte e o desmembramento. “Ele já estava com rigidez cadavérica. O sangue estava coagulado.” Segundo relato dela à polícia, as partes foram colocadas em três malas e espalhadas em uma área de mata em Cotia, na Grande São Paulo.
A pistola 380 usada no crime vai ser periciada e já está com os policiais. Segundo Carrasco, a mulher contou que a arma foi um presente do marido.
Ambos praticavam tiro e o empresário tinha uma coleção de armamentos. O delegado acrescentou que Matsunaga, assustado com as notícias de arrastões em condomínios, deixava por precaução armas espalhadas pelo apartamento e que uma delas foi a que o matou.
Agora, a polícia irá buscar a faca e as malas usadas no crime. Policiais do DHPP retornarão ao apartamento para novos testes com reagente químico para localizar manchas de sangue. Uma das babás da filha do casal também deve depor. Ela e a empregada foram dispensadas por Elize horas antes do desaparecimento de Matsunaga, em 19 de maio.
Em depoimento, Elize disse ter feito tudo sozinha. Para o delegado, sua versão é convincente. “Não tenho dúvida da autoria nem da materialidade. Acredito que ela agiu sozinha."
Desde o dia em que foi presa, o G1 tenta contato com o advogado de Elize. Nesta tarde, o advogado José Beraldo informou que chegou a conversar com a bacharel, mas que ela afirmou que seu defensor será um professor do curso de direito onde ela estudou.
Advogado da família da vítima, Luiz Flávio D'Urso elogiou a investigação da polícia. “Quero fazer um reconhecimento público do trabalho de investigação do DHPP. A confissão é uma prova importante do processo, mas ela ganha relevo ainda maior quando está em perfeita sintonia com todo o conjunto probatório colhido nesta investigação.”
Detetive particular
A polícia tenta identificar o detetive particular que foi contratado por Elize para investigar se o excutivo a traía. Ele é procurado para que seja intimado a prestar depoimento sobre seu trabalho. Policiais informaram à equipe de reportagem do G1 que o profissional seguiu o executivo e comprovou a infidelidade dele. Fotos e relatórios sobre três supostas amantes foram enviadas para a bacharel. No computador da vítima, peritos da Polícia Técnico-Científica identificaram acessos a sites de prostituição.
elise yoki (Foto: Nilton Fukuda/AE) 
Elize chegou por volta das 11h para depor no DHPP (Foto: Nilton Fukuda/AE)

Mário Luiz (Carioca) com G1

Um comentário:

  1. que corage... esa mulher è um mostro...que ajustisa seja feita...so DEUS por nòs...

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