Santiago Andrade está no CTI do Hospital Souza Aguiar, no Centro.
Cinegrafista foi atingido em protesto contra aumento da tarifa de ônibus.
O cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, ferido durante o
protesto de quinta-feira (6) no Rio, está em coma e continua em em
estado grave no CTI do Hospital Municipal Souza Aguair, no Centro. As
informações são da Secretaria Municipal de Saúde. Durante toda a
sexta-feira (7) o estado de saúde dele permaneceu inalterado.
O cinegrafista está sedado e respira por aparelhos. Segundo o hospital, Santiago teve afundamento de crânio e passou por uma cirurgia na cabeça, que durou quatro horas, e que os médicos avaliaram como bem sucedida. Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde, com esta cirurgia foi possível conter a hemorragia na cabeça e controlar a pressão no crânio.
No protesto de quinta (6), outras seis pessoas ficaram feridas. Elas tiveram ferimentos leves, foram atendidas no Hospital Souza Aguiar e liberadas.
O protesto
No fim da tarde de quinta-feira (6), cerca de mil pessoas se reuniram pacificamente na Igreja da Candelária. O protesto foi contra o aumento da tarifa de ônibus que passa, neste sábado, de R$ 2,75 para R$ 3 reais. O reajuste é de 9,09%. Estudantes, integrantes de partidos políticos e black blocs caminharam em direção à Central do Brasil.
Dentro da estação de trem, mascarados subiram nas catracas. Algumas delas foram quebradas. Houve confronto com a Polícia Militar, e muita correria. Passageiros se sentiram mal. Outros fugiram do tumulto.
Do lado de fora, teve mais confusão. Um grupo atirou paus e pedras nos PMs. Os policiais lançaram bombas de efeito moral. Vândalos arrancaram placas de metal para usar como escudo e chutaram tapumes. Baderneiros também apedrejaram uma delegacia e fizeram fogueira no meio da rua, impedindo a passagem de carros e ônibus. Eles também derrubaram um dos portões principais da Central do Brasil.
Fotos da Agência Globo mostram o momento em que Santiago Ilídio Andrade, da TV Band, é atingido na cabeça. (Veja ao lado)
O cinegrafista está em pé, com a câmera no ombro, trabalhando no meio da praça. No primeiro registro, vê-se um rastro de fogo com faíscas perto das costas dele.
Em seguida, a foto mostra uma explosão na cabeça. Uma grande quantidade de fogo se espalha. Na sequência, ele se curva, ainda com a câmera no ombro, e é possível ver muita fumaça.
Momentos depois, o repórter cinematográfico da TV Globo Júnior Alves se aproxima e registra a imagem do cinegrafista da Band caído no chão.
Comandante do 5° Batalhão da Polícia Militar (BPM), Luis Henrique Marinho, informou à assessoria de imprensa da PM que, na hora do incidente, estava a 30 metros do local onde o cinegrafista foi atingido. O comandante disse ter visto pessoas vestidas de preto lançando morteiros, e um desses explosivos teria caído na cabeça do funcionário da Band.
Ao contrário do que afirmou o comandante, o repórter da Globo News Bernardo Menezes, que acompanhava a manifestação, relatou que no fim da noite de quinta, no Jornal das Dez, as bombas de efeito moral teriam partido da polícia. Segundo o jornalista, que estava a poucos metros da confusão, um desses arteatos estourou perto do cinegrafista da Band, que caiu na hora.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou nota repudiando a agressão ao cinegrafista da Bandeirantes. A Abraji informa que ainda não se sabe quem disparou o artefato – se policiais ou manifestantes. Afirma também que é necessária uma apuração rápida do que ocorreu para que procedimentos sejam revistos e para que o estado proteja a liberdade de expressão, a liberdade de informação e o jornalista.
A TV Bandeirantes também divulgou nota, informando que o cinegrafista Santiago Andrade foi ferido na cabeça por um artefato – e que não se sabe, por enquanto, se por uma bomba de gás lacrimogêneo ou de fabricação caseira. O comunicado diz também que a Band espera no hospital, junto à família de Santiago, os resultados da cirurgia.
A TV Globo também lamenta profundamente o episódio e acompanhará de perto o caso até que tudo seja esclarecido. E se solidariza com a família do cinegrafista da Bandeirantes, Santiago Andrade.
Mário Luiz (Carioca) com G1
O cinegrafista está sedado e respira por aparelhos. Segundo o hospital, Santiago teve afundamento de crânio e passou por uma cirurgia na cabeça, que durou quatro horas, e que os médicos avaliaram como bem sucedida. Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde, com esta cirurgia foi possível conter a hemorragia na cabeça e controlar a pressão no crânio.
No protesto de quinta (6), outras seis pessoas ficaram feridas. Elas tiveram ferimentos leves, foram atendidas no Hospital Souza Aguiar e liberadas.
No fim da tarde de quinta-feira (6), cerca de mil pessoas se reuniram pacificamente na Igreja da Candelária. O protesto foi contra o aumento da tarifa de ônibus que passa, neste sábado, de R$ 2,75 para R$ 3 reais. O reajuste é de 9,09%. Estudantes, integrantes de partidos políticos e black blocs caminharam em direção à Central do Brasil.
Dentro da estação de trem, mascarados subiram nas catracas. Algumas delas foram quebradas. Houve confronto com a Polícia Militar, e muita correria. Passageiros se sentiram mal. Outros fugiram do tumulto.
Do lado de fora, teve mais confusão. Um grupo atirou paus e pedras nos PMs. Os policiais lançaram bombas de efeito moral. Vândalos arrancaram placas de metal para usar como escudo e chutaram tapumes. Baderneiros também apedrejaram uma delegacia e fizeram fogueira no meio da rua, impedindo a passagem de carros e ônibus. Eles também derrubaram um dos portões principais da Central do Brasil.
Cinegrafista da Band é atingido em protesto no Rio
(Foto: Agência O Globo)O cinegrafista está em pé, com a câmera no ombro, trabalhando no meio da praça. No primeiro registro, vê-se um rastro de fogo com faíscas perto das costas dele.
Em seguida, a foto mostra uma explosão na cabeça. Uma grande quantidade de fogo se espalha. Na sequência, ele se curva, ainda com a câmera no ombro, e é possível ver muita fumaça.
Momentos depois, o repórter cinematográfico da TV Globo Júnior Alves se aproxima e registra a imagem do cinegrafista da Band caído no chão.
Comandante do 5° Batalhão da Polícia Militar (BPM), Luis Henrique Marinho, informou à assessoria de imprensa da PM que, na hora do incidente, estava a 30 metros do local onde o cinegrafista foi atingido. O comandante disse ter visto pessoas vestidas de preto lançando morteiros, e um desses explosivos teria caído na cabeça do funcionário da Band.
Ao contrário do que afirmou o comandante, o repórter da Globo News Bernardo Menezes, que acompanhava a manifestação, relatou que no fim da noite de quinta, no Jornal das Dez, as bombas de efeito moral teriam partido da polícia. Segundo o jornalista, que estava a poucos metros da confusão, um desses arteatos estourou perto do cinegrafista da Band, que caiu na hora.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou nota repudiando a agressão ao cinegrafista da Bandeirantes. A Abraji informa que ainda não se sabe quem disparou o artefato – se policiais ou manifestantes. Afirma também que é necessária uma apuração rápida do que ocorreu para que procedimentos sejam revistos e para que o estado proteja a liberdade de expressão, a liberdade de informação e o jornalista.
A TV Bandeirantes também divulgou nota, informando que o cinegrafista Santiago Andrade foi ferido na cabeça por um artefato – e que não se sabe, por enquanto, se por uma bomba de gás lacrimogêneo ou de fabricação caseira. O comunicado diz também que a Band espera no hospital, junto à família de Santiago, os resultados da cirurgia.
A TV Globo também lamenta profundamente o episódio e acompanhará de perto o caso até que tudo seja esclarecido. E se solidariza com a família do cinegrafista da Bandeirantes, Santiago Andrade.
Mário Luiz (Carioca) com G1
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