Disque-Denúncia divulgou cartaz por informações sobre suspeito foragido.
Cartaz do Disque-Denúncia (Foto:
Divulgação / Disque-Denúncia)
A polícia divulgou duas fotos do suspeito de acender o rojão que
atingiu e matou o cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade.
Caio Silva de Souza tem 22 anos e, de acordo com a Secretaria de Saúde
do Rio, trabalha como auxiliar de serviços gerais em uma empresa que
presta serviço para o Hospital Rocha Faria, na Zona Oeste do Rio, como
mostrou o Jornal Nacional.Divulgação / Disque-Denúncia)
Durante todo o dia, policiais fizeram buscas para prender Caio. Segundo a polícia, a família dele mora na Baixada Fluminense. Os agentes estiveram em outros endereços, mas ele não foi encontrado - e já é considerado foragido.
O delegado que investiga o caso informou que a fotografia foi mostrada a Fabio Raposo. Ele, que está preso, teria confirmado que o homem da foto é o mesmo que acendeu o explosivo. Teria contado também que conhecia Caio de outros protestos e que ele tem um perfil violento.
Prisão temporária
O mandado de prisão temporária dele foi expedido na segunda-feira (10), no fim da noite.
No documento, a Justiça informa que o indiciado foi apontado como responsável por acender e posicionar o artefato que, detonado na direção do cinegrafista, causou a sua morte.
E, em 2013, foi à polícia dizer que tinha sido agredido em um protesto no centro do Rio. Caio Silva de Souza e Fábio Raposo foram indiciados por homicídio doloso qualificado por uso de artefato explosivo e crime de explosão. Se forem condenados, podem pegar até 35 anos de prisão.
Projeto de lei
Um projeto de lei, elaborado por uma comissão criada pelo secretário de Segurança do Rio, foi levado para o Senado e prevê leis mais duras para o crime de associação para a incitação ou prática de desordem.
“Precisamos de um arcabouço jurídico específico para essas ações que são muito novas para a população brasileira que não conhecíamos e não tínhamos visto nada dessa natureza com equipamentos explosivos, estilingues, máscaras. Isso dificulta muito na delegacia para fazer o enquadramento dessas pessoas”, disse Beltrame.
Ativista
Na tarde desta terça-feira (11), a ativista Elisa Quadros, conhecida como Sininho, prestou depoimento na delegacia. No domingo, dia em que Fábio Raposo foi preso, o estagiário do advogado dele assinou um termo de declaração afirmando que Elisa tinha oferecido, por telefone, ajuda jurídica a Fábio.
Segundo o advogado Jonas Tadeu, ela disse também – durante a ligação – que o rapaz que acendeu o artefato que atingiu o jornalista era ligado ao deputado estadual Marcelo Freixo. Também no domingo, o deputado confirmou que falou por telefone com a ativista, mas disse que não conhece nem Fábio Raposo, nem o homem que lançou o rojão que feriu o cinegrafista da TV Bandeirantes.
A polícia não revelou o que Elisa disse no depoimento desta terça. Na saída da delegacia, ela não quis gravar entrevista. Disse apenas que não conhece o suspeito Caio Silva de Souza. Nas redes sociais, Elisa confirmou que ligou para o assistente do advogado para oferecer assistência jurídica, mas negou ter citado o nome de Marcelo Freixo.
Em frente à delegacia, colegas fizeram mais uma homenagem a Santiago Andrade. Órgãos dele doados pela família já foram transplantados. O corpo de Santiago será velado e cremado na próxima quinta-feira. Em uma missa celebrada na noite de segunda-feira, companheiros de profissão e amigos fizeram orações e se emocionaram.
Mário Luiz (Carioca) com G1
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