De acordo com o produtor, que começou o cultivo da planta há três meses, o segredo está na semente de qualidade, que foi importada dos Estados Unidos
O vegetal nasceu na horta de Adailton Gomes, 29 anos, morador do sítio Pororoca. De acordo com o produtor, que começou o cultivo da planta há três meses, o segredo está na semente de qualidade, que foi importada dos Estados Unidos, da espécie Atlantic Gigante. Na terra, de cerca de 10 hectares, há outros seis legumes pesando entre 40 e 70 kg. Até então, o maior vegetal colhido tinha sido de 10 quilos.
“Há cinco anos eu estava lendo uma revista agrônoma e tinha falando sobre a espécie americana. Entrei em contato com um amigo meu e ele me mandou algumas sementes da espécie. Plantei e me surpreendi com o tamanho. Tenho outras mudas – que estão com legumes grandes. Mas, meu forte mesmo é o hortifruti, produzindo o maracujá amarelo”, falou o agricultor.
A forma desproporcional do vegetal tem atraído pessoas de várias cidades. “Em um dia veio cerca de 3 mil pessoas aqui no sítio para tirar fotos. O tamanho impressiona e isso tem atraído um grande número de pessoas de cidades da região e de outras localidades. O jerimum – que também é chamado de abóbora – será colhido entre os dias 10 e 15 de julho”, disse Gomes.
O agricultor adiantou que as sementes retiradas serão vendidas para outros agricultores e o jerimum gigante será doado para escolas públicas da cidade. “Vamos vender abaixo custo para estimular uma espécie de competição entre nós agricultores para saber quem vai colher o maior jerimum. O meu objetivo é distribuir para as escolas do município”, avisou Adailton Gomes.
Para o engenheiro agrônomo, Adalberto Nogueira, da Secretaria de Agricultura e Pesca da Paraíba, o vegetal é uma nova variedade no estado e o tamanho dele é em decorrência de uma mutação genética.
“Ele [jerimum] deve ser o maior do Nordeste e deve ser do país. Essa nova variedade deve passar por um estudo fazendo uma sequência de experiência. Para o crescimento da planta, o solo também deve ser muito propicio e ter recebido uma tratamento especial”, explicou o engenheiro.
Mário Luiz (Carioca) com Correio
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