A torre Jinmao, centro financeiro de Xangai, na China, aparece antes e depois da "Hora do Planeta". A iniciativa da ONG WWF quer chamar a atenção para os perigos do aquecimento global.
O centro de conferências Kneyatta, marco da cidade de Nairóbi, capital do Quênia, ficou às escuras durante a manifestação mundial contra o aquecimento global.
O Parlamento Britânico economizou energia às 20h30 locais deste sábado. A WWF também quer alertar para o uso racional da energia.
Centenas de cidades em todo o mundo apagam momentaneamente as luzes às 20h30 locais. Na foto, a tradicional igreja de São Sava, em Belgrado, na Sérvia.
A prefeitura de Oslo, capital da Noruega, aparece com as luzes acesas e apagadas durante o protesto contra o aquecimento global; 3.400 cidades aderiram.
As pirâmides e a Esfinge do Egito, a Torre Eiffel e o Palácio do Eliseu em Paris, a Fontana di Trevi em Roma, o Burj Khalifa de Dubai, depois da Ópera de Sydney, da orla de Hong Kong e do Memorial de Hiroshima, foram pouco a pouco sendo mergulhados na escuridão neste sábado para a campanha mundial "Hora do Planeta" destinada a promover a luta contra o aquecimento global. No Egito, o planalto de Guizé que abriga três pirâmides e a Esfinge, assim como a Cidadela do Cairo, com a cúpula da Mesquita de Mohamed Ali, ficaram sem qualquer iluminação, dando por um breve momento à Cidade dos Mil Minaretes ares fantasmagóricos.
Em Paris, o Palácio do Eliseu e mais de 240 monumentos e prédios públicos, entre eles a catedral de Notre Dame, apagaram suas luzes durante uma hora e a Torre Eiffel ficou às escuras por cinco minutos.
Em Roma, a Fontana di Trevi, tradicional ponto de encontro de casais apaixonados que jogam moedas para retornarem à Cidade Eterna, ficou sem luz depois que o ator Ricky Tognazzi e Fulco Pratesi, presidente de honra do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) acionaram simbolicamente um grande interruptor diante da fonte.
Cristo Redentor também apaga
Neste ano, cerca de 4.000 cidades em 125 países, contra 88 no ano passado, participam da iniciativa organizada pelo WWF, um número recorde de participantes alguns meses depois da Cúpula do Clima da ONU de Copenhague, que registrou resultados decepcionantes.
Fracasso da conferência do clima em Copenhague motivou protesto
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, considerou nesta sexta-feira que a campanha era "ao mesmo tempo uma advertência e uma luz de esperança".
- As mudanças climáticas são um assunto preocupante para cada um de nós. As soluções estão em nossas mãos e prontas para serem aplicadas pelos indivíduos, pelas comunidades, pelas empresas e pelos governos em todo o mundo.
Esta iniciativa, adotada pela primeira vez em Sydney em 2007, ocorre três meses depois do fracasso da Cúpula do Clima de Copenhague. Um acordo mínimo fixa como objetivo limitar a dois graus o aumento médio da temperatura do planeta, mas permanece muito superficial sobre os meios de alcançá-lo, não estabelecendo números de curto prazo (2020) ou médio prazo (2050).
Os grandes países emergentes, como a China e a Índia, se opõem a qualquer tentativa de serem incluídos dentro de metas de redução de lançamento de gases do efeito estufa na atmosfera.
Reportagem: Mário luiz ( carioca )
Fotos : Central Conde de Jornalismo