os três policiais que perseguiram o Cadu quando ele tentava fugir para o Paraguai irão prestar depoimento na Polícia Federal (PF) em Foz do Iguaçu, no Paraná.
Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 24 anos, está preso deste a noite de domingo (14) na sede da Polícia Federal, em Foz do Iguaçu (PR). (Crédito: Christian Rizzi/ Agência de Notícias Gazeta do Povo)
Nesta quarta (17), os três policiais que perseguiram o Cadu quando ele tentava fugir para o Paraguai irão prestar depoimento na Polícia Federal (PF) em Foz do Iguaçu, no Paraná. Entre os que serão ouvidos está o agente que supostamente foi baleado por Cadu.
O jovem continua isolado numa cela no prédio da PF na cidade próxima à fronteira com o Paraguai.
Cadu continuará no Paraná por tempo indeterminado e deve prestar novo depoimento nesta semana para esclarecer a tentativa de fuga para o Paraguai e a tentativa de homicídio contra o policial. A polícia em Foz do Iguaçu também fará a reconstituição dessa tentativa de fuga.
Morte planejada
No depoimento prestado na terça, o estudante disse ter planejado a ida até a chácara onde morava o cartunista.
No depoimento, além de confessar o crime, Cadu contou que comprou a arma usada no crime e munição na periferia de São Paulo. O plano inicial era sequestrar o cartunista – que também era líder da igreja Céu de Maria – e levá-lo até sua mãe.
Ainda de acordo com o delegado, o suspeito disse que, para ele, Glauco era um representante de São Pedro. O cartunista também deveria dizer para a mãe do rapaz que seu filho era Jesus Cristo.
O rapaz também inocentou o amigo Felipe Iasi, de 23 anos, responsável por levá-lo até a chácara. Em entrevista exclusiva ao repórter César Tralli, Iasi afirmou que foi obrigado a dirigir. “Eu estava sob a mira de uma arma. Não sabia onde eu estava, o que estava acontecendo, o que ele queria ali.”
Segundo Cadu, a decisão de matar Glauco e Raoni foi tomada quando ele se descuidou e Iasi fugiu da chácara. Nesse momento, o suspeito achou que a polícia seria chamada, atrapalharia os planos e ele seria morto.
Fuga
Carlos Eduardo está preso desde a tentativa de cruzar a fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Na fuga em um carro que foi roubado na Vila Sônia, em São Paulo, ele resistiu à abordagem da Polícia Rodoviária Federal. Uma hora depois, atirou em um policial federal que tentou pará-lo na Ponte da Amizade.
Reportagem: Mário luiz ( carioca )
Fotos : Central Conde de Jornalismo