Ele foi preso na quarta-feira (21) .
Suposto cúmplice também está preso.
“Inocência. Completa inocência”, disse ele, após deixar a carceragem da delegacia na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Fernando estava acompanhado de Márcio Pereira dos Santos, homem apontado como cúmplice em um dos crimes.
Sequência de crimesAntônio é o principal suspeito de ter mandado matar o pai adotivo, Plácido da Silva Nunes, de 75 anos. O fundador da rede de restaurantes Rei do Bacalhau foi encontrado morto por estrangulamento dentro de casa, em 2007.
No começo de 2010, o gerente do restaurante foi morto numa suposta tentativa de assalto. Ao investigar o caso, a polícia descobriu que a morte do empresário e a do gerente teriam sido encomendadas pela mesma pessoa. Na trama dos crimes, aparece uma sequência de assassinatos.
De acordo com as investigações, Antônio pagou a um homem para matar o pai. Chantageado pelo criminoso, ele teria contratado outro para matar o primeiro. Para a polícia, Antônio encomendou a morte de mais duas pessoas: o advogado dele e de um pai de santo, que sabiam os detalhes dos crimes. Meses depois, um policial que investigava o crime foi morto. E Antônio teria mandado matar um garçom.
Advogado quer escutas
Antônio afirmou à polícia que só irá prestar depoimento em juízo. O advogado dele, Saulo Ramos, contou que Antônio afirma ser inocente.
"Ele diz que é inocente, eu vou ter que aguardar. Só vou me manifestar, e ele também, após tomar conhecimento de todo o conteúdo das provas", disse o advogado, que quer ter acesso às escutas telefônicas feitas pela polícia.
"Eu vou reverter essa prisão", afirmou Ramos. Ele esteve na delegacia na tarde de quinta e chamou a prisão de absurda.
“Essa prisão temporária é um absurdo e injustificável. Prisão temporária é o mesmo que ‘eu não tenho prova de nada e prendi para apurar’”, contestou o advogado de Antônio, que chegou à delegacia com uma quentinha de comida para seu cliente.
O delegado Rafael Willis, da 16ª DP (Barra da Tijuca) afirmou que a polícia só vai ceder as escutas telefônicas se houver um pedido do juiz. “O advogado orientou a ele (Antônio) somente falar em juízo ou quando tiver acesso à parte sigilosa desse inquérito, que seriam as escutas telefônicas”.
De acordo com o delegado, o cúmplice de Antônio prestou depoimento formalmente na quarta-feira (21). Apesar de ter confessado o assassinato, ele não forneceu informações sobre o mandante do crime.
Sete homicídios
Antônio Fernando da Silva foi preso no início da manhã de quarta-feira em sua casa, também na Ilha do Governador.
Com relação a Antônio, Willis afirmou que, a todo momento, ele se mostra surpreso. “A morte do pai dele foi em 2007 e até o momento ele não tinha sido preso, e se mostrava tranquilo quanto a isso, mas com esses novos fatos, ele se mostrou extremamente surpreso. Ele finge que não sabe”, disse o delegado.
A polícia, agora, quer ouvir novas testemunhas.
Da Redação Com G1
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