A ação faz parte da Operação Caixa Preta, que já prendeu 31 pessoas envolvidas no roubo de terminais, entre elas quatro policiais militares – outros cinco PMs foram presos na capital e interior em outras ações. Ontem, cinco homens foram detidos. Todos têm passagem pela polícia por roubo. Foram apreendidos pistolas pintadas de dourado, munições e três carros.
“A descoberta de um antídoto para limpar as cédulas foi a grande surpresa da operação. Não imaginávamos que os bandidos seriam tão rápidos”, afirma o diretor do Deic, delegado Nelson Silveira Guimarães. O líquido será encaminhado para perícia no Instituto de Criminalística. “Nem chegamos a contar as notas para não atrapalhar o laudo”, justifica.
Procurada, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) não quis se pronunciar. Já a Tecban, empresa que administra os caixas da Rede 24 Horas, diz que as tintas usadas para manchar as notas “foram testadas, não apresentando a possibilidade de lavagem” e que não teve acesso ao material apreendido para fazer análises.
O filtro estava na cozinha da casa no Jardim Robru, zona leste. No local havia espingarda calibre 12 e munições. Foram presos o servente William Cecílio da Silva, de 31 anos, e o ajudante Edmilson de Souza Silveira, de 30 anos.
Com mandados de busca e apreensão, os policiais prenderam ainda dois homens na zona norte. Lindoval de Jesus Silva, de 36, foi encontrado em uma casa na Vila Iório. Ele estava foragido do presídio de Pirajuí, no interior, desde 2009. Com ele foram apreendidos oito relógios, duas pistolas calibre ponto 40 douradas, de uso exclusivo das polícias civil e militar, joias e munições para fuzil. No Jardim Carumbé, a polícia prendeu Luiz Henrique Sathler de Freitas, de 30.
Na zona oeste, foram apreendidos três veículos, entre eles, um Vectra blindado. “Acreditamos que tenha sido usado para um ataque a caixa em Cajamar”, diz Guimarães. Entre 1º de janeiro e 1º de junho, foram registrados 92 ataques contra caixas na capital.
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