Choque entre policiais e manifestantes começaram na noite de terça na capital
Manifestantes jogam pedras na polícia durante confrontos na Praça Tahrir nesta quarta (Mohamed Hossam / AFP)
O vice-ministro da Saúde do Egito, Adel Adawi, é quem fala em quase 600 feridos, dos quais 75 teriam sido encaminhados a nove hospitais da região e o restante foi atendido em 23 ambulâncias por médicos que estavam nos locais dos incidentes. O doutor Mahmud Said, chefe do setor de Emergência do hospital Al Munira, disse à agência oficial de notícias Mena que seu centro médico atendeu 43 pessoas, entre elas 41 policiais, e que todos já receberam alta.
Os policiais feridos apresentaram ferimentos na cabeça devido às pedras atiradas contra eles pelos manifestantes. Muitas pessoas também sofreram os efeitos do gás lacrimogêneo lançado pelos agentes de segurança para dispersar a multidão concentrada na praça, que foi palco do epicentro da revolução egípcia, que forçou a renúncia do então presidente Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro.
Motivo - Os confrontos começaram quando dezenas de pessoas tentaram atacar o prédio do Ministério do Interior, em protesto pela detenção de sete acusados de causar distúrbios diante de um teatro onde era realizado um ato para as famílias das vítimas da revolução. Durante a manifestação, cerca de 150 pessoas tentaram entrar no Teatro Al Balon dizendo ser familiares das vítimas, mas a entrada foi proibida, o que as levou a atirar pedras contra o local.
Depois disso, muitos manifestantes se dirigiram à Praça Tahrir, onde enfrentaram as forças de segurança. Por esse motivo, o Ministério do Interior acusa os manifestantes de criar tensão com a polícia, atacar os cidadãos e destruir patrimônio urbano. Nove pessoas foram presas e serão apresentadas à Promotoria Militar, que vai investigar as razões dos enfrentamentos.
As Forças Armadas, que governam o país desde a queda de Mubarak, lamentaram os incidentes em um comunicado e denunciaram uma tentativa de desestabilizar o país. Apesar da renúncia do ex-ditador, muitos egípcios continuam desconfiando da polícia, símbolo da violenta repressão do regime anterior.
Da Redação com Veja
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