Uma jovem canadense foi condenada a prisão perpétua pelo
homicídio de uma menina de oito anos. A mulher testemunhou nesta
quarta-feira num tribunal de London, no estado do Ontário, explicando
como assassinou a criança que estava sendo violada pelo seu namorado. O
homem de 31 anos está sendo julgado pelo crime cometido em 2009 e
declarou-se inocente de homicídio no primeiro grau, abuso sexual e
rapto.
De nada lhes serviu esse cuidado. Identificada graças às imagens de videovigilância, a adolescente foi detida quatro dias mais tarde, em 12 de Abril de 2009, e confessou a sua participação no homicídio a 10 de Maio, sendo condenada a prisão perpétua.
Terri-Lynne McClintic, que tinha 18 anos aquando
do homicídio, chocou os pais de Victoria, raptada pelo casal à porta da
sua escola primária na cidade de Woodstock, ao descrever a forma como
ela e Michael Rafferty, com quem namorava há um mês, convenceram a
menina a entrar no Honda Civic em que foi abusada e acabou por morrer
devido às marteladas desferidas na cabeça pela testemunha.
Segundo a testemunha, todo o plano foi
orquestrado pelo namorado. "Disse-me que seria fácil: 'Elas estão saindo
da escola. Só é preciso falar de cães ou de doces para atraí-la'",
disse a testemunha, que não demorou a ser detida por ter aparecido junto
à menina de oito anos em imagens de câmaras de videovigilância.
Já com a pequena Victoria dentro do automóvel, o
casal ainda parou para comprar anestésicos, o martelo que serviria de
arma e sacos de lixo. Depois seguiram para uma zona isolada, onde
Terri-Lynne se afastou do Honda Civic enquanto ouvia os gritos da
criança sendo violada.
Depois do primeiro abuso, Rafferty chamou a
namorada, dizendo-lhe para limpar a menina. A testemunha relatou ao
tribunal que Victoria estava sangrando e lhe implorou ajuda. "Não deixe
que ele volte a fazer aquilo", pediu Victoria a Terri-Lynne, que voltou a
levá-la para dentro do automóvel, onde voltou a ser abusada.
Segundo a testemunha, os gritos da criança
levaram fizeram que sentisse que "tinha que fazer alguma coisa". Voltou
para o automóvel e, ao ver os abusos sexuais em curso, "toda a fúria,
ódio e culpa" que sentiu levaram-na a cobrir a cabeça de Victoria com um
saco de lixo, atingindo-a diversas vezes com um martelo.
"Assassinei de forma selvagem aquela menina",
admitiu Terri-Lynne ao tribunal, acrescentando que ela e o namorado
enterraram a vítima e lavaram-se para esconder as provas.
De nada lhes serviu esse cuidado. Identificada graças às imagens de videovigilância, a adolescente foi detida quatro dias mais tarde, em 12 de Abril de 2009, e confessou a sua participação no homicídio a 10 de Maio, sendo condenada a prisão perpétua.
Rafaela Soares com Correio da Manhã
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