O quintal de Zeca Pagodinho
Sambista lança CD e DVD que mostram o clima descontraído de sua casa em Xerém
Rio -
‘Na minha casa todo mundo é bamba, todo mundo bebe, todo mundo samba”.
Os versos de Martinho da Vila descrevem muito bem o que acontece no
quintal da casa de outro bamba: Zeca Pagodinho. Mas lá, o povo também
canta, versa e faz música da boa. E é esse clima, com direito à cerveja
personalizada, que o cantor resolveu registrar e mostrar ao público, no CD e DVD ‘Zeca Apresenta: O Quintal do Pagodinho Ao Vivo’, que chega às lojas amanhã.
“Cerveja, comida e samba acontece sempre lá em casa. A única diferença é que, no dia, a bagunça foi filmada”,
diz Zeca, referindo-se ao seu sítio em Xerém, onde se sente realmente
em casa. “A gente teve a simplicidade de fazer o que não fazemos no
nosso dia a dia de artistas. Não nos vestimos como tal para poder cantar
num trabalho como esse”, acrescenta Jorge Aragão, que canta ‘Minta Meu
Sonho’, de sua autoria.
No projeto, que tem 16 faixas no CD e 25 no DVD, Zeca Pagodinho é o que menos aparece. Como bom anfitrião, ele abre a roda de samba com ‘Em um Outdoor’, de Zé Roberto e Adilson Bispo. E só. Pega o seu copo de cerveja e se junta ao coro. A partir daí, quem leva o samba são os compositores, verdadeiras estrelas desse trabalho.
“Queria gravar com os compositores cantando os próprios sucessos. A ideia é mostrar que não existe só o Zeca, identificar quem é quem e fazer justiça com os criadores. O meu sucesso é o de todo mundo”, explica o dono da casa, completando com um exemplo: “Quando as pessoas falam: ‘Gosto daquela sua música ‘Deixa a Vida me Levar’’, respondo: ‘Não é minha, é do Serginho Meriti’”.
Solidariedade
Entre os convidados para o samba no quintal, estavam artistas consagrados, como Beth Carvalho, Arlindo Cruz, Dudu Nobre, Martinho da Vila, Seu Jorge, Monarco e Jorge Ben Jor, e outros com rostos não tão conhecidos do grande público: Luiz Grande, Efson, Renato Milagres, Sombrinha e Pretinho da Serrinha.
“Se o compositor não tiver uma ajuda, ‘a banana come o macaco’, pois é difícil ele ter a ajuda de alguém, para tirar as letras da gaveta, aparecer e sobreviver da sua arte”, filosofa o grande Almir Guineto, que solta a voz em ‘Mordomia’.
E ajudar os amigos no vermelho é algo que pesa para Zeca na hora de escolher seus repertórios. “Além do conjunto — letra, melodia e o astral da música —, este é um dos grandes critérios”, revela ele. “Ainda falta divulgação para o trabalho desses grandes compositores. Estou fazendo o meu papel e divulgo”, avisa Zeca.
‘São todos meus compadres’, diz Zeca
Amigos reunidos no Sítio de Xerém é para Zeca Pagodinho como uma reunião de família. “Os compositores que eu convidei são todos meus compadres. O Arlindo (Cruz), por exemplo, meus filhos chamam de tio”, conta Zeca. “Desde que eu me entendo por gente, isso acontece na minha casa”, completa Luizinho, um dos quatro filhos de Zeca.
E não é só a prole do anfitrião do quintal que se sente em família de sambistas. Juliana Diniz, filha de Mauro Diniz e neta de Monarco, faz coro. “Todo mundo aqui é meu tio praticamente”, diz ela que, mesmo sendo jovem, não fica só olhando a roda de samba e, no CD e DVD, canta com o pai e o avô.
E a velha guarda do samba até gosta deste intercâmbio com a juventude. “É uma experiência nova e muito válida interagir com essa criançada. Eles reforçam e renovam o samba pelo qual a gente tanto luta”, opina Almir Guineto.
Rafaela Soares com O Dia
No projeto, que tem 16 faixas no CD e 25 no DVD, Zeca Pagodinho é o que menos aparece. Como bom anfitrião, ele abre a roda de samba com ‘Em um Outdoor’, de Zé Roberto e Adilson Bispo. E só. Pega o seu copo de cerveja e se junta ao coro. A partir daí, quem leva o samba são os compositores, verdadeiras estrelas desse trabalho.
“Queria gravar com os compositores cantando os próprios sucessos. A ideia é mostrar que não existe só o Zeca, identificar quem é quem e fazer justiça com os criadores. O meu sucesso é o de todo mundo”, explica o dono da casa, completando com um exemplo: “Quando as pessoas falam: ‘Gosto daquela sua música ‘Deixa a Vida me Levar’’, respondo: ‘Não é minha, é do Serginho Meriti’”.
Solidariedade
Entre os convidados para o samba no quintal, estavam artistas consagrados, como Beth Carvalho, Arlindo Cruz, Dudu Nobre, Martinho da Vila, Seu Jorge, Monarco e Jorge Ben Jor, e outros com rostos não tão conhecidos do grande público: Luiz Grande, Efson, Renato Milagres, Sombrinha e Pretinho da Serrinha.
“Se o compositor não tiver uma ajuda, ‘a banana come o macaco’, pois é difícil ele ter a ajuda de alguém, para tirar as letras da gaveta, aparecer e sobreviver da sua arte”, filosofa o grande Almir Guineto, que solta a voz em ‘Mordomia’.
E ajudar os amigos no vermelho é algo que pesa para Zeca na hora de escolher seus repertórios. “Além do conjunto — letra, melodia e o astral da música —, este é um dos grandes critérios”, revela ele. “Ainda falta divulgação para o trabalho desses grandes compositores. Estou fazendo o meu papel e divulgo”, avisa Zeca.
‘São todos meus compadres’, diz Zeca
Amigos reunidos no Sítio de Xerém é para Zeca Pagodinho como uma reunião de família. “Os compositores que eu convidei são todos meus compadres. O Arlindo (Cruz), por exemplo, meus filhos chamam de tio”, conta Zeca. “Desde que eu me entendo por gente, isso acontece na minha casa”, completa Luizinho, um dos quatro filhos de Zeca.
E não é só a prole do anfitrião do quintal que se sente em família de sambistas. Juliana Diniz, filha de Mauro Diniz e neta de Monarco, faz coro. “Todo mundo aqui é meu tio praticamente”, diz ela que, mesmo sendo jovem, não fica só olhando a roda de samba e, no CD e DVD, canta com o pai e o avô.
E a velha guarda do samba até gosta deste intercâmbio com a juventude. “É uma experiência nova e muito válida interagir com essa criançada. Eles reforçam e renovam o samba pelo qual a gente tanto luta”, opina Almir Guineto.
Rafaela Soares com O Dia
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