quinta-feira, 17 de maio de 2012

Delegado Fred Magalhães da cidade de Conde assumi interinamente o inquérito dos Assassinos Canibais de Garanhuns-PE


Delegado Regional. Dr. Fred

Na última segunda, o delegado Frederico Cláudio de Melo Magalhães, da cidade de Conde, na Paraíba, assumiu interinamente o inquérito que apura o susposto assassinato de uma mulher na região. A investigação baseia-se na confissão dos acusados de que teriam feito uma vítima num sítio onde viveram em 2008. As escavações no terreno ainda não começaram.

Após mais de um mês de espera pelo resultado do exame de DNA, o auxiliar de pedreiro Emanuel Araújo, 52, comemorou ser avô da criança que vivia com o trio acusado de esquartejamentos em série e canibalismo. A menina, de 5 anos, é realmente filha de Jéssica Camila Pereira, 17, que teria sido morta pelos acusados em Olinda, em 2008. Apesar da comprovação, divulgada ontem, Emanuel não diminuiu a aflição. A Justiça ainda irá decidir se a guarda provisória da filha da vítima será concedida a ele ou à tia, a dona de casa Cosma de Araújo, 72.

O resultado pode sair em até 90 dias. Neste tempo, a menina permanecerá no Centro de Acolhimento de Crianças e Adolescentes de Garanhuns. Ela está sendo acompanhada por equipes multidisciplinares. O reencontro entre o avô e a neta, depois de quase quatro anos, aconteceu no mês passado. “Apesar de só ter visto ela muito pequena, tive a certeza que ela era minha neta. Quero ficar com ela. Vou fazer de tudo. Sou trabalhador e tenho condições de criá-la”, disse. Por telefone, a tia da criança disse que também vai lutar para cuidar da filha de Jéssica. “Estou muito abalada. Ele é o avô e acha que deve ficar com a neta. Porém, acredito que eu posso ajudá-la mais.” A juíza da Vara Regional da Infância e Juventude de Garanhuns, Karla Peixoto, vai analisar o caso. As residências dos dois parentes, que moram em Igarassu, serão visitadas por assistentes sociais.



 
Isabel Pires, Jorge Beltrão, e Bruna Silva passaram à condição de réus há uma semana, quando a 1ª Vara Criminal de Garanhuns acatou denúncia do Ministério Público. O trio responde por duplo homicídio triplamente qualificado, falsidade ideológica, estelionato, ocultação de cadáver e falsificação de documentos. Eles confessaram que esquartejavam as mulheres e comiam as carnes, que ainda serviam de recheio para salgados que eram vendidos. Relataram nove mortes. Oficialmente, só duas foram confirmadas. Restos mortais, encontrados na casa de Rio Doce, em Olinda, onde eles viveram, passam por exame de DNA, cujo resultado ainda não está pronto. Outros corpos estariam escondidos em quintais de casas localizadas em Santo Amaro e Casa Amarela, no Recife.
 
Mário Luiz (carioca) com Diário de Pernambuco

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