Empresários e políticos presos são suspeitos de desvio de verbas públicas.
Um prefeitos foi preso e outro está foragido, diz assessoria da PF.
Polícia Federal faz buscas em escritório na capital
(Foto: Abrantes Júnior/Paraíba FM)
A Polícia Federal divulgou na manhã desta sexta-feira (4) que cumpriu
sete dos oito mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça para a
Operação Dublê, que investiga um esquema de desvio de verbas públicas
em prefeituras do Sertão da Paraíba. De acordo com a assessoria de
imprensa, entre os presos estão um prefeito e três secretários
municipais de duas cidades.(Foto: Abrantes Júnior/Paraíba FM)
De acordo com o superintendente da Polícia Federal, Marcello Diniz Cordeiro, continua em aberto um mandado de prisão contra um segundo prefeito, Inácio Roberto de Lira Campos (PMDB), de Cacimba de Areia. No início da manhã, a assessoria comunicou que ele teria sido preso em João Pessoa, porém às 11h retificou essa informação e disse que ele está foragido. Segundo o delegado, a PF vai pedir prisão preventiva, uma vez que ele teria conhecimento da operação. A reportagem tentou contato com representantes do político e da prefeitura de Cacimba de Areia, mas ninguém atendeu às ligações.
O prefeito que está na delegacia da Polícia Federal em Patos é José Edivan Félix (PR), do município de Catingueira. A esposa dele, Francinalva Félix, confirmou que o marido estava prestando depoimento, mas disse que não poderia fazer mais comentários sobre o caso. Com ele foi apreendida uma espingarda calibre 12 de uso restrito. Sete carros de luxo foram recolhidos com os demais suspeitos de envolvimento.
Para fazer uso particular dos recursos, os políticos e funcionários públicos teriam sacado valores em favor das tesourarias das prefeituras e criado licitações fictícias com notas fiscais clonadas. A falsificação serviria para prestar contas aos orgãos fiscalizadores, como o Tribunal de Contas da Paraíba.
Além das prisões foram feitas buscas em um escritório no Centro da capital e nas sedes das prefeituras de Catingueira e Cacimba de Areia, que chegaram a ser interditadas pelos agentes de investigação.
Conforme a PF, os envolvidos no esquema prestaram depoimento e serão indiciados pelos crimes de responsabilidade de prefeitos, fraude a licitação, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
Rafaela Soares com G1 PB
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