Metroviários dizem que não vão respeitar determinação do TRT e vão parar
Metroviários se reúnem em assembleia e votam a favor da paralisação na sede do sindicato em São Paulo
As categorias decretaram paralisação após assembleiasocorridas na noite da terça-feira (22). A decisão dos metroviários ocorreu após uma audiência de instrução realizada na sede do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) entre representantes do sindicato e da Companhia do Metropolitano de São Paulo.
Após a audiência terminar sem acordo, a Justiça determinou que 100% do efetivo trabalhe nos horários de pico (das 5h às 9h e das 17h às 20h) e 85% nos demais horário.
CPTM faz assembleia e também pode parar amanhã
No entanto, de acordo com diretor do Sindicato dos Metroviários, Alexandre Leme, a categoria não irá respeitar a liminar da Justiça. Segundo ele, isso significaria não ter greve. Ele disse ainda, que a empresa deve colocar trens em circulação operados por supervisores, mas garantiu que os metroviários não irão colaborar com a medida.
Caso os metroviários realmente descumpram a decisão do TRT, ficou determinada multa diária de R$ 100 mil, em favor de entidades determinadas pelo Ministério Público do Trabalho.
Reivindicações
De acordo com o sindicato, os funcionários exigem por 5,13% de reajuste salarial, 14,99% de aumento real, vale-alimentação de R$ 280,45 e reajuste de 23,44% para o vale-refeição. Também querem equiparação salarial, 36 horas semanais, adicional risco de vida de 30%, periculosidade sobre todos os vencimentos, plano de saúde acessível para os aposentados e reintegração de todos os demitidos em 2007.
Acidente em São Paulo
A decisão foi tomada pelos sindicalistas depois de quase uma semana do acidente em que dois trens do Metrô da linha 3-Vermelha (Corinthians/Itaquera - Palmeiras/Barra Funda) bateram durante a manhã. A batida ocorreu por volta das 9h50 do dia 16 de maio perto da estação Carrão, na zona leste da capital.
Segundo o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, a velocidade da composição que bateu na traseira da outra era de, no máximo, 12 km/h. O secretário afirmou que o acidente foi causado por uma falha em uma das placa de circuito eletrônico da linha, que é responsável pelo controle da velocidade dos trens.
Greve dos transportes Em outras cinco capitais, a greve de metroviários e ferroviários completa oito dias nesta terça-feira. As cidades de Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Maceió (AL), João Pessoa (PB) e Natal (RN) estão operando com apenas 30% da capacidade de seus metrôs. Desde o dia 14 de maio, os metroviários desses estados estão em greve.
Em Porto Alegre, metroviários realizaram paralisação de 24 horas e retomaram as atividades nesta terça. Na capital do Maranhão, São Luís, a frota rodoviária seguia paralisada desde segunda-feira.
Mário Luiz (Carioca) com R7
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