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R$ 6,8 milhões declarados, José Maranhão é o 8º candidato mais rico do
Brasil nas eleições deste ano. O levantamento foi feio pelo portal
Terra. O mestre de obras é o únicio paraibano a encabeçar a lista dos
dez mais ricos.
Veja as posses do ex-goveranador: Natural de Araruna, na Paraíba, José
Targino Maranhão - ou Zé Maranhão - é o único candidato da lista a ter
duas aeronaves em seu nome (uma de 400 mil e outra de 12 mil). Seu
patrimônio evidencia o trabalho na agricultura: são 11 propriedades
rurais que juntas somam 1,7 milhão, todas elas no Estado. A mais cara,
de R$ 1,4 milhão, fica em Tocantins. Completam a lista dois tratores,
três caminhonetas, três casas e um apartamento. José Maranhão assumiu o
governo pela primeira vez em 2009, após cassação do governador da
Paraíba Cássio Cunha Lima (PSDB) e de seu vice, José Lacerda Neto (DEM).
Em 2010 - quando o patrimônio era maior: R$ 7,2 milhões - tentou se
reeleger, mas foi derrotado no 2° turno. Também fazem parte da lista do
milionário, créditos e ações (R$ 4,2 milhões).
Confira a matéria na íntegra
Ao contrário do que muitos podem imaginar, o candidato a prefeito mais
rico das eleições municipais nas capitais não saiu do tradicionalmente
rico Sudeste, mas sim do pujante Centro-Oeste. No topo da lista está
Mauro Mendes (PSB), de Cuiabá (MT), que declarou patrimônio de R$ 116,8
milhões ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O concorrente mais que duplicou seus bens em relação a 2010, quando foi
candidato ao governo de Mato Grosso e afirmou possuir R$ 57 milhões. Seu
patrimônio atual, sozinho, ultrapassa os três candidatos mais ricos do
Sudeste juntos. O Centro-Oeste aparece novamente na lista, em terceiro
lugar, com o deputado Reinaldo Azambuja (PSDB), postulante em Campo
Grande (MS), que declarou R$ 32,6 milhões em bens.
Veja o cenário eleitoral nas capitais
O Sudeste aparece pela primeira vez no segundo lugar. Tentando a
reeleição à prefeitura de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), declarou
R$ 58 milhões. A região que possui mais de 50% do PIB nacional aparece
mais duas vezes na lista, com os candidatos paulistas Gabriel Chalita
(PMDB), com R$ 11,5 milhões, e José Maria Eymael (PSDC), com R$ 4,6
milhões em bens aos 72 anos - o mais velho a figurar entre os dez mais.
O levantamento foi realizado pelo Terra com base em dados preliminares
do TSE, que divulgou, inicialmente, o patrimônio dos candidatos de 18
das 26 capitais brasileiras. Com a atualização dos dados de mais cinco
cidades nesta terça-feira, o candidato em Boa Vista (RR), Telmário Mota
(PDT), e o de Natal (RN), Carlos Eduardo Alves (PDT), que figuravam
entre os dez mais ricos saíram da lista.
Os mais jovens a integrar a lista são os deputados Ratinho Jr. (PSC-PR) e
ACM Neto (DEM-BA), com 31 e 33 anos, respectivamente. Ratinho Jr.
declarou bens avaliados em R$ 7,5 milhões, incluindo participação em
quotas nas empresas Grupo Massa de comunicação - detentora de rádios e
afiliadas de TV em várias cidades paranaenses, inclusive na capital. ACM
Neto, por sua vez, é do clã Magalhães, sobrenome forte no estado. O
deputado baiano, porém, apresentou quase o dobro do patrimônio de
Ratinho Jr, R$ 13,3 milhões.
Confira a lista dos 10 candidatos mais ricos nas capitais brasileiras, o
que fazem e o que declaram como patrimônio:
1° lugar: Mauro Mendes (PSB) - R$ 116,8 milhões
Candidato em Cuiabá (MT)
A fortuna campeã é a de Mauro Mendes, que disputa a prefeitura de Cuiabá
(MT) pelo PSB. Segundo o TSE, ele acumula R$116,8 milhões em bens
declarados - R$107 milhões deles em ações, majoritariamente da Bipar
Investimentos e Participações. Quando concorreu ao governo do Mato
Grosso em 2010, Mendes havia declarado R$57 milhões. Mendes também tem
R$ 384 mil em previdência privada, um imóvel de R$ 630,3 mil, terrenos
que somam quase R$600 mil e uma lancha de R$ 261,5 mil. Ele possui,
ainda, R$ 100 mil em quotas na empresa Bimetal Indústria Metalúrgica. A
quantia total declarada por ele supera em mais de 100 vezes o patrimônio
do segundo candidato mais rico de Cuiabá, o deputado Guilherme Maluf
(PSDB), que declarou cerca de R$ 1 milhão.
Natural de Anápolis (GO), Mendes tem 48 anos, é casado, tem ensino
superior completo e fez carreira como empresário na área de metalurgia.
Recentemente, foi inocentado de acusações de abuso de poder econômico,
gasto ilícito de recursos e compra de votos. Segundo o Ministério
Público Estadual, ele teria distribuído camisetas e bonés com propaganda
eleitoral irregular aos seus cabos eleitorais em 2008.
2° lugar: Marcio Lacerda (PSB) - R$ 58,8 milhões
Candidato em Belo Horizonte (MG)
Prefeito candidato à reeleição pelo PSB em Belo Horizonte, Lacerda
nasceu em Leopoldina (MG), tem 66 anos e afirma ter R$ 58,8 milhões em
bens. A maior parte, R$ 35,4 milhões, está em um fundo de investimento.
Outros R$ 18,9 milhões vêm da sociedade do prefeito na Macunaíma
Participações. No ano passado, a empresa Construtel Tecnologia e
Serviços - dirigida por Gabriel Nascimento de Lacerda, filho do
prefeito, e controlada pela Macunaíma - foi investigada pela Polícia
Federal por um suposto envio ilegal de dinheiro a uma conta de doleiros
em Nova York.
A Construtel, especializada na construção de redes de telefonia, foi
fundada por Lacerda em 1975. Quatro anos depois, ele criou uma segunda
empresa, a Batik, para a produção de equipamentos de telefonia. Bem
sucedido, Lacerda participou da direção de diversas entidades
empresariais.
3° lugar: Reinaldo Azambuja (PSDB) - R$ 32,6 milhões
Candidato em Campo Grande (MS)
O terceiro candidato a prefeito com mais bens é o tucano Reinaldo
Azambuja, de Campo Grande (MS), com R$ 32,6 milhões declarados. Aos 49
anos de idade, o deputado da bancada ruralista tem um apartamento (R$
350 mil), uma sala comercial (R$ 100 mil), uma casa (R$ 500 mil),
terrenos (R$ 240 mil) e mais de dois mil hectares em fazendas, no valor
de R$ 22,4 milhões, concentrados principalmente em Maracaju, cidade que
governou entre 1996 e 2004. O restante do patrimônio é preenchido por
equipamentos agrícolas e caminhões utilizados em suas terras.
Azambuja tem formação incompleta em Administração e faz parte da
Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), entidade de
classe que representa os criadores de gado no Estado.
4° lugar: Carlos Amastha (PP) - R$ 18 milhões
Candidato em Palmas (TO)
Em Palmas (TO), o candidato Carlos Amastha (PP) declarou R$ 18 milhões.
Nascido na Colômbia e naturalizado brasileiro, o empresário tem 51 anos.
A maior parte de seu patrimônio provém de quotas na Incorporadora de
Shopping Center Capim Dourado, que somam R$ 11 milhões. Ele também
possui uma caminhonete Nissan Frontier (R$ 115 mil), terrenos (R$398
mil), ações e outros investimentos (R$ 75 mil), caminhões e carretas
(R$66 mil) e R$ 2 milhões em espécie, entre outros bens.
5° lugar: ACM Neto (DEM) - R$ 13,3 milhões
Candidato em Salvador (BA)
O deputado tem 33 anos de idade e um patrimônio de R$ 13,3 milhões -
valor mais de cinco vezes maior que o registrado em 2010 (R$ 2,5
milhões). O salto deve-se principalmente à aquisição de quotas na TV
Bahia, no total de R$ 9,4 milhões, feita por ele neste ano. Em sua
declaração, ainda constam um apartamento de R$ 900 mil, um plano de
previdência privada de R$ 879 mil, fundo de investimento de R$ 161 mil,
uma aplicação de renda fixa de R$ 576,6 mil, outra de R$ 606,7 mil e uma
Land Rover de R$210 mil. ACM é herdeiro da tradicional família baiana
Magalhães, do falecido político Antônio Carlos Magalhães, que governou a
Bahia por três vezes.
6° lugar: Gabriel Chalita (PMDB) - R$ 11,5 milhões
Candidato em São Paulo (SP)
Professor de ensino superior, Gabriel Chalita nasceu em Cachoeira
Paulista, interior de São Paulo, e tem 43 anos. É escritor de "mais de
60 livros", segundo consta em seu site oficial. É doutor em Filosofia do
Direito e em Comunicação e Semiótica, e mestre em direito e em Ciência
Sociais. Foi vereador aos 19 anos na cidade natal. Posteriormente,
conseguiu o cargo na Câmara de São Paulo em 2008 e eleito deputado
federal em 2010 pelo PSB. Trocou o partido pelo PMDB em maio de 2011, já
com a intenção de concorrer à prefeitura.
Metade de seu patrimônio está voltada para investimentos: são R$ 164 mil
em depósitos e R$ 4,7 milhões em fundo de investimento. O restante
destá dividido em ações (R$ 110 mil), quotas de palestras (R$ 990) e
dois apartamentos (um a beira da Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul do
Rio de Janeiro, avaliado R$ 1,2 milhão, outro em Higienópolis, na região
central de São Paulo, de R$ 5 milhões) e uma BMW (R$ 246 mil).
7° lugar: Ratinho Jr. (PSC) - R$ 7,5 milhões
Candidato em Curitiba (PR)
Filho do apresentador Ratinho, o deputado Carlos Roberto Massa Jr. tem
31 anos e é natural de Jandaia do Sul, no Paraná. Ao TSE, o deputado não
declarou imóveis, apenas um terreno avaliado em R$ 1,4 milhão. Possui
dois veículos (um Voyage 2009/2010 de R$ 41 mil e uma moto de R$ 23
mil). O restante dos seus bens é dividido em consórcios não contemplados
(somados R$ 26 mil), em investimentos financeiros (R$ 30 mil) e R$ 400
mil em espécie. Possui quotas em duas empresas: Grupo Massa, que possui
rádios em algumas cidades do Paraná e quatro afiliadas de TV - Curitiba
está entre elas. Tem participação também na marca de café em pó, Café no
Bule.
8° lugar: José Maranhão (PMDB) - R$ 6,8 milhões
Candidato em João Pessoa (PB)
Natural de Araruna, na Paraíba, José Targino Maranhão - ou Zé
Maranhão - é o único candidato da lista a ter duas aeronaves em seu nome
(uma de 400 mil e outra de 12 mil). Seu patrimônio evidencia o trabalho
na agricultura: são 11 propriedades rurais que juntas somam 1,7 milhão,
todas elas no Estado. A mais cara, de R$ 1,4 milhão, fica em Tocantins.
Completam a lista dois tratores, três caminhonetas, três casas e um
apartamento. José Maranhão assumiu o governo pela primeira vez em 2009,
após cassação do governador da Paraíba Cássio Cunha Lima (PSDB) e de seu
vice, José Lacerda Neto (DEM). Em 2010 - quando o patrimônio era maior:
R$ 7,2 milhões - tentou se reeleger, mas foi derrotado no 2° turno.
Também fazem parte da lista do milionário, créditos e ações (R$ 4,2
milhões).
9° lugar: Mário Português (PPS) - R$ 4,9 milhões
Candidato em Porto Velho (RO)
O candidato do PPS à prefeitura de Porto Velho é empresário, tem 65 anos
e não completou o ensino fundamental. Seus bens são resumidos em dois
apartamentos (um, em Fortaleza, foi avaliado em R$ 1 milhão), cinco
casas (quatro delas de alvenaria), nove terrenos, quatorze lotes rurais e
uma fazenda de R$ 500 mil. Mário Português ainda possui ações na
Eletrobrás (311 mil), e é dono da empresa MG Comercial. Mario ainda
aparece como presidente da Distribuidora Coimbra - mas não há nenhuma
citação da empresa em sua relação de bens.
10° lugar: José Maria Eymael (PSDC) - R$ 4,6 milhões
Candidato em São Paulo (SP)
Natural de Porto Alegre, Eymael tem 72 anos e é figurinha carimbada em
todas as eleições, sejam elas presidenciais ou regionais. A primeira vez
foi à prefeitura de São Paulo, em 1985. Nos anos que se seguiram, foi
eleito duas vezes deputado federal. É empresário, e um dos fundadores da
Grunase, empresa de relações públicas. Em sua relação de bens constam
quatro imóveis, dois terrenos, quatro veículos e duas embarcações. Na
lista, o candidato que costuma chegar a apenas 1% das intenções de votos
declarou joias - avaliadas em R$ 4 mil - e participação em ações nas
empresas Vivo e Brasil Telecom, além de créditos a receber de
empréstimos (R$ 993 mil) e investimentos financeiros (R$ 1,9 milhão).
Redação com Terra
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