Jornalista paraibana é assaltada em frente ao Comando da PM e maltratada em delegacia
Embora o governo do estado se esforce em divulgar números positivos
sobre a Segurança, ou a falta dela, na Paraíba, principalmente na região
metropolitana de João Pessoa, a sensação é que estamos cada vez mais
reféns da violência e em nenhum lugar estamos seguros de verdade.
Policiais são trancados em seus agrupamentos enquanto bandidos explodem
banco; populares “prendem” ladrões e esperam 40 minutos por uma viatura
ou até mesmo usam carro particular como viaturas para transportar
meliantes até as delegacias; crianças e seis e três anos são baleadas
dentro de casa e pessoas são assaltadas em frente ao Comando Geral da
Polícia Militar.
Isso mesmo, nem mesmo o Quartel General da Polícia Militar é capaz de
intimidar a bandidagem que aterroriza os cidadãos de bens de João
Pessoa.
Na noite desta terça-feira, 23, a jornalista Monica Melo foi assaltada
no Centro da Cidade, numa parada de ônibus que fica na Praça Pedro
Américo, ao lado do Comando Geral da Polícia Militar e na frente do 1º
Batalhão da PM.
Monica deixou a sede do Portal WSCOM, onde trabalha
e se dirigiu até a parada de ônibus acompanhada de seu pai. Neste
momento, um elemento moreno, de aproximadamente 1,70 de altura, rosto
quadrado e magro, se aproximou e se iniciou uma conversa.
Quando a jornalista subiu no ônibus da linha Tambaú, o individuou puxou
sua bolsa com tanta força que a derrubou do segundo degrau da porta
automática no chão. A vítima ainda tentou segurar a bolsa, mas o bandido
a arrastou por alguns metros, tendo ela que soltar a bolsa, pois já
estava bastante machucada.
Como se não bastasse o ocorrido, a jornalista ainda teve que aguentar
grosseria de um escrivão de polícia civil da 2ª Delegacia Distrital, que
sequer colocou seu nome no Boletim de Ocorrência, apenas assinando com
letra ilegível.
Mônica disse que depois de aguardar mais de 40 minutos, sem que nenhuma
ocorrência estivesse sendo registrada na delegacia, ainda ouviu uma
bronca do escrivão por ter ido registrar
a queixa. O policial perguntou por que ela foi registrar queixa, já que
nada de valor teria sido levado, ela explicou que achava importante
fazer o B.O, até que seu caso ficasse registrado nas estatísticas de
Segurança, a reposta do escrivão foi: “Ah, minha filha uma a mais, uma a
menos, não faz diferença”.
Mário Luiz (Carioca) com PB Agora
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