A
reportagem do Click PB entrevistou com exclusividade um ativista do
movimento Black Bloc na Paraíba. O entrevistado preferiu não se
identificar e fez questão de enfatizar que não é uma liderança do
movimento, apenas um ativista e que não responde por todos os demais,
assim como ninguém pode fazê-lo. O movimento se auto intitula como
horizontal, não tendo representantes ou líderes. O movimento é composto
por várias vozes que não são necessariamente ecoadas pelas demais.
Desde
as primeiras aparições dos grupos Black Bloc nas manifestações de rua,
foram demonstrados ideais anarquistas, antiglobalização e
anticapitalista. "Isso no entanto não significa que todos os adeptos do
Black Bloc seguem esses princípios, mas ao menos são simpatizantes
deles", enfatizou o ativista entrevistado.Através das redes sociais está sendo convocada uma ação do movimento Black Bloc para o dia 7 de setembro, juntamente com uma manifestação mais abrangente intitulada "Operação Sete de Setembro".
O ativista destacou que a ação do movimento se dará de acordo com o caráter da manifestação. "Os adeptos da tática não estarão lá para causar confusão ou tomar posse do movimento popular, se os manifestantes optarem por um protesto pacífico, assim será feito", ressaltou.
Acerca da situação da Paraíba, o ativista entrevistado não é muito otimista. "Eu sinceramente vejo a imagem da Paraíba como sinônimo de atraso. A falta de empenho dos governantes para com diversas áreas do serviço público é lamentável", comentou.
Nas últimas semanas, a revista Veja publicou uma reportagem especial sobre a atuação dos grupos Black Blocs e na capa foi ilustrada a imagem de uma jovem supostamente participante do movimento com o rosto coberto com uma bandeira da Paraíba. A matéria foi duramente criticada pelos movimentos sociais e ativistas do movimento Black Bloc. O ativista paraibano considera que a matéria foi "totalmente infundada e parcial", além de ter usado a imagem de uma manifestante de forma indevida e por ter se baseado na "na pura e simples tentativa de exposição difamatória de sua vida pessoal".
O ativista ainda considerou que a reportagem foi um tiro que saiu pela culatra. "na tentativa de desmerecer o Black Bloc e seus adeptos a revista apenas fez uma propaganda gratuita que propagou ainda mais os ideais da tática e colocou em pauta mais uma vez a tentativa da mídia corporativa de sufocar os movimentos populares", destacou.
Mário Luiz (Carioca) com Click PB
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