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Paulo se apresentou à polícia na manhã desta quinta-feira (22), na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio. Ele chegou acompanhado do cantor evangélico Waguinho e do pastor Marcos Pereira da Silva.
"Ele pareceu bem disposto a colaborar, apontando quem são as pessoas que estavam com ele no momento do crime. Já houve contato e estamos trabalhando para adiantar a apresentação do outro suspeito", afirmou Juliana, que disse que, além da prisão, a prestação de serviços à comunidade é uma opção de pena.
Réu confesso
Suspeito se entregou nesta quinta-feira (22)
(Foto: Fabio Motta/ Agência Estado)
Na noite de quarta (21), ele havia confessado o crime. Ele admitiu que não esperava que isso fosse causar tanta repercussão, ao lado do pastor Marcos, a quem procurou para pedir apoio.(Foto: Fabio Motta/ Agência Estado)
“De repente acordei e me senti um traficante, procurado, criminoso. Sou trabalhador, chefe de família, não esperava isso. Sei que estou errado. Pedi perdão à Deus e quero pedir também a todas as pessoas. Não tenho preconceito contra nenhuma religião e nem sou racista”, diz.
Inicialmente, ele pensava em se entregar na segunda-feira (26)
Morador de Santa Cruz, na Zona Oeste, Paulo é casado, pai de um filho de 4 anos. A mulher do ex-soldado do Exército está grávida de quatro meses. Segundo ele, sua família ficou indignada quando soube que ele era o autor da pichação.
Sem querer comprometer o outro rapaz que teria participado da pichação – “Eu respondo por mim” -, Paulo não sabe explicar bem por que pichou as frases “Onde está a engenheira Patrícia” e “Quando os gatos saem os ratos fazem a festa” deixadas no monumento.
A cabeça da estátua com vestígios das
pichações (Foto: Letícia von Krüger Pimentel/Iphan)
“Foi só um protesto para alertar sobre pessoas desaparecidas”, tenta justificar. O outro suspeito foi identificado pela polícia como Edmar Batista de Carvalho, de 26 anos.pichações (Foto: Letícia von Krüger Pimentel/Iphan)
“Pensei em colocar uma faixa, só depois resolvi fazer a pichação com o spray que estava comigo", contou o pintor. No entanto, admite que, quando viu as câmeras de seguranças – não sabia que estavam desligadas – cobriu o rosto com a camisa antes de subir nos andaimes das obras de reforma da estátua.
O advogado Alexandre Magalhães, que acompanhou as declarações do pintor ao lado do pastor Marcos e do cantor Waguinho, integrante da Igreja Assembleia dos Últimos Dias, espera que ele responda pelas acusações em liberdade.
"Ele está disposto a se apresentar e contar toda a verdade. É trabalhador e tem residência fixa. Além disso, não tem passagem pela polícia", disse o advogado.
Reportagem: Mário luiz ( carioca )
Fotos : Central Conde de Jornalismo