Começou
na segunda-feira (27) a greve por tempo indeterminado dos servidores do
Tribunal Regional Eleitoral na Paraíba. De acordo com Marcos Lopes,
coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário
Federal no Estado da Paraíba (Sindjuf-PB), 16 estados já aderiram ao
movimento que tem caráter nacional.
Na manhã desta terça-feira (28) ocoordenador do Sindjuf-PB ainda não
tinha o balanço com o número de servidores que havia aderido à greve.
Segundo Marcos Lopes, alguns serviços como preparação de urnas, mesários
e julgamentos de processos podem ficar prejudicados com a greve. A
assessoria de imprensa do TRE-PB informou
que as sessões estão acontecendo normalmente na Paraíba e que os
servidores estão garantindo o efetivo de 30%, por isso os serviços estão
funcionando.
O foco das reivindicações, segundo o sindicato, é o reajuste salarial de
31% . “O último Plano de Cargos e Salários foi aprovado pelo Congresso
em 2006. Já são seis anos sem reajuste”, Marcos Lopes explicou que a
categoria encaminhou para o Congresso, em 2009, um projeto
de lei com os reajustes no Plano de Cargos e Salários. Segundo o
coordenador do Sindjuf-PB, o projeto já foi aprovado pelo Superior
Tribunal Federal (STF). Ainda na pauta de reivindicação nacional consta o
pedido de realização de novos concursos.
Já sobre as reivindicações regionais, Marcos Lopes disse que a categoria
levou ao Ministério Público Federal (MPF), denúncias de assédio moral
que teriam acontecido na Paraíba. “O MPF vai apurar os casos”, explicou.
O coordenador geral do Sindjuf-PB explicou que a Paraíba conta com 2 mil
servidores em três ramos, são eles Tribunal Regional Trabalho da
Paraíba, Justiça Federal e Tribunal Regional Eleitoral. Até às 9h30
desta terça-feira (28), os servidores do TRT e Justiça Federal não
haviam aderido à greve. O TRE tem no seu quadro de pessoal, segundo o
Sindjuf-PB, 400 servidores. O sindicato disse que vai garantir o
funcionamento de 30%.
No dia 15 de agosto, os servidores paralisaram as atividades por um dia.
Em decorrência do movimento, os servidores bloqueraram as entradas do
prédio do TRE-PB em João Pessoa,
com faixas e correntes. Já no início de julho deste ano, os servidores
do TRE da Paraíba realizaram uma paralisação de quatro dias durante o
período de registro de candidaturas na capital. Chegaram a dificultar o
processo, bloqueando a entrada dos partidos no fórum. Só após uma
reunião com o juiz Fabiano Moura de Moura responsável pelo cartório eleitoral onde eram registradas as candidaturas, foi que concordaram em liberar o acesso dos candidatos.
Mário Luiz (Carioca) com G1 PB
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