Meninas dizem que eram motivo de piada na infância.
Casal teve 15 filhos, e todos receberam nomes com variações de Walter.
Família do nosso amigo Walter Paparazzo
Em foto de 2011, irmãos Walter se encontraram com a mãe no réveillon (Foto: Arquivo Pessoal)
Ao ficar grávida do seu primeiro filho, a paraibana Erotides Brandão
fez um acordo com o seu marido e prometeu homenageá-lo batizando a
criança de Walter, mesmo nome do pai. Ela só não esperava que ele ia
gostar tanto e pedir que todos os outros filhos também tivessem esse
nome. Ao todo, foram 15 Walters, sendo nove mulheres - um menino morreu
ainda bebê. “A primeira foi Walterlúcia e no outro ano ele pediu para
ficar colocando sempre. Eu não sabia que iam ser tantos, mas a gente não
sabia negar nada um ao outro”, conta Erotides, hoje com 88 anos, em
entrevista ao G1.
Porta-retrato guarda a lembrança do pai Walter
(Foto: Arquivo Pessoal)
O casal teve que ter criatividade para variar nos nomes. Eles decidiram
que as mulheres iam ter os nomes femininos agregados ao Walter e
seguidos por Maria: Walterlúcia Maria, Walterlívia Maria, Walterlênia
Maria, Walterlônia Maria, Walterlácia Maria, Walterluzia Maria Emília,
Walterluana Maria, Walterangelina Maria e Waltersilvana Maria. Os
homens, por sua vez, foram batizados apenas com nomes compostos: Walter
Emanuel, Walter Luís, Walter Olivério, Walter Marcelo (morreu aos seis
meses), Walter Licínio e Walter Fernando.(Foto: Arquivo Pessoal)
“Eu inventava na hora. Já cheguei a perder as contas. Mas ainda perdi
três bebês e eles também seriam Walters”, afirma a mãe, reunida com os
filhos na casa de um deles, no bairro de Jaguaribe, em João Pessoa. “É
merecido, o pai mereceu. Ele era um homem muito bom.”
O Walter pai, que inspirou a todos, morreu em 2003, aos 81 anos, mas deixou, além dos filhos, netos com o seu nome. Dos 33 netos do casal, quatro também são Walter. “Tive dois filhos e absorvi a loucura de papai. Meu primeiro filho nasceu no dia de Santo Antônio. Até pensei em colocar esse nome nele, mas entre homenagear Santo Antônio e Santo Walter, eu preferi homenagear o Santo Walter”, conta, aos risos, Walter Licínio, que é pai de Walter Licínio Filho e Walter Yanko.
Um dos filhos que resolveram não repassar o nome para os herdeiros acabou se arrependendo. “Eu não coloquei porque já havia muitos Walters, então eu preferi não colocar. Mas depois de 30 anos eu me arrependi, depois que vi o depoimento da minha mãe sobre o motivo dos nomes”, conta Walter Fernando, o caçula dos homens, que hoje é pai de Júlio, Lívio e Fernanda.
Apesar de a família se orgulhar da homenagem ao pai, o nome deu problemas às nove mulheres. Walterlúcia, a filha mais velha, conta que as colegas nunca a chamavam pelo nome, e sim por ‘Waltinha’. “Era péssimo e gerava briga. Eu corria e batia nelas, o negócio era feio”, relata.
E o problema não era apenas com Walterlúcia. As outras irmãs também eram motivo de piada onde passavam. “Como eu era a mais forte, eu defendia todas”, diz a mais velha.
“Meu pai era instrutor de tiro de guerra, então ele era transferido várias vezes. Em todo lugar que a gente ia era isso, por isso nunca gostei do meu nome. E a gente não podia falar isso para papai porque ele ficava triste. Mas fui amadurecendo e me acostumei”, garante Walterlúcia. Ela, porém, conta que já tentou mudar o nome e só não o fez por ser "muito caro". Hoje, quando perguntam o nome dela, ela o resume a Lúcia Brandão.
O Walter pai, que inspirou a todos, morreu em 2003, aos 81 anos, mas deixou, além dos filhos, netos com o seu nome. Dos 33 netos do casal, quatro também são Walter. “Tive dois filhos e absorvi a loucura de papai. Meu primeiro filho nasceu no dia de Santo Antônio. Até pensei em colocar esse nome nele, mas entre homenagear Santo Antônio e Santo Walter, eu preferi homenagear o Santo Walter”, conta, aos risos, Walter Licínio, que é pai de Walter Licínio Filho e Walter Yanko.
Walter Olivério, Walterluzia e Walter Licíneo
passaram o nome para os filhos
(Foto: Krystine Carneiro/G1)
Walter Olivério também repassou seu nome para o filho, Walter Olivério
Júnior, e Walterluzia homenageou diretamente o pai, batizando seu
primeiro filho de Walter Fernandes Brandão Neto. “Vai fazer nove anos
que ele faleceu, mas parece que ele está aqui. Ele foi uma referência
muito grande na nossa vida”, diz Walterluzia.passaram o nome para os filhos
(Foto: Krystine Carneiro/G1)
Um dos filhos que resolveram não repassar o nome para os herdeiros acabou se arrependendo. “Eu não coloquei porque já havia muitos Walters, então eu preferi não colocar. Mas depois de 30 anos eu me arrependi, depois que vi o depoimento da minha mãe sobre o motivo dos nomes”, conta Walter Fernando, o caçula dos homens, que hoje é pai de Júlio, Lívio e Fernanda.
Mulheres têm nome feminino agregado ao Walter
(Foto: Krystine Carneiro/G1)
Problemas para as mulheres(Foto: Krystine Carneiro/G1)
Apesar de a família se orgulhar da homenagem ao pai, o nome deu problemas às nove mulheres. Walterlúcia, a filha mais velha, conta que as colegas nunca a chamavam pelo nome, e sim por ‘Waltinha’. “Era péssimo e gerava briga. Eu corria e batia nelas, o negócio era feio”, relata.
E o problema não era apenas com Walterlúcia. As outras irmãs também eram motivo de piada onde passavam. “Como eu era a mais forte, eu defendia todas”, diz a mais velha.
“Meu pai era instrutor de tiro de guerra, então ele era transferido várias vezes. Em todo lugar que a gente ia era isso, por isso nunca gostei do meu nome. E a gente não podia falar isso para papai porque ele ficava triste. Mas fui amadurecendo e me acostumei”, garante Walterlúcia. Ela, porém, conta que já tentou mudar o nome e só não o fez por ser "muito caro". Hoje, quando perguntam o nome dela, ela o resume a Lúcia Brandão.
Parte da família se reuniu para falar da homenagem ao pai (Foto: Krystine Carneiro/G1)
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