Chefe de Guarda Municipal suspeito de homicídio na PB está foragido

Chefe da Guarda Municipal de Pocinhos teve prisão temporária decretada.
Corpo de adolescente foi encontrado carbonizado no dia 17 em Pocinhos.

O chefe da Guarda Municipal de Pocinhos, Normando Cavalcante, do Agreste paraibano, está foragido após ter seu mandado de prisão decretado pela Justiça, segundo o delegado regional de Campina Grande, Marcos Paulo Vilela. Ele é suspeito de torturar e matar o adolescente Davi Santos Silva, de 16 anos, no último dia 13 de dezembro.

O G1 tentou entrar em contato com o suspeito em seu celular pessoal, porém uma pessoa, que não quis se identificar, atendeu o telefone e informou que Normando Cavalcante não poderia falar, mas disse que transmitiria o recado a ele.

De acordo com o delegado regional Marcos Paulo Vilela, a polícia tentou cumprir o mandado de prisão temporária no último domingo (23), mas o servidor municipal não foi mais localizado.

A Polícia Civil acredita que o adolescente desaparecido em Pocinhos foi torturado até a morte. O corpo de Davi foi encontrado carbonizado no dia 17. Ele residia com a família em Montadas e estava desaparecido há quatro dias. Os parentes afirmam que o jovem teria sido torturado e morto por guardas municipais da cidade de Pocinhos, após ser abordado por agentes, quando estava junto com outros dois adolescentes, que foram liberados sem problemas.
O delegado regional Marcos Paulo Vilela instaurou inquérito na Polícia Civil para apurar o caso. "Foram colhidos depoimentos de cinco pessoas, os adolescentes, o pai da vítima e um Guarda Municipal. Trabalhamos inicialmente com a hipotése de crime de tortura seguida de morte", afirmou o delegado.

O chefe da Guarda Municipal afirmou anteriormente ao G1 que a suspeita sobre ele era infundada. "Isso não tem fundamento. Abordamos os adolescentes porque existe suspeita de que eles vinham cometendo vários crimes na região. Como não tinham nada que os incriminasse, liberamos todos. Provavelmente ele tinha outros inimigos que aproveitaram a situação e nós ficamos com a culpa", disse. O pai de Davi, Juarez Francisco, reconheceu o corpo do filho e denunciou o crime à Polícia Civil.

Mário Luiz (Carioca) com G1 PB