quinta-feira, 4 de abril de 2013

Governo dispensa R$ 109 mi em emendas de deputados para Seca, revela presidente

Deputados abriram mão de suas emendas e destinaram os recursos para serem usados pelo governo nas ações referentes a Seca

O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), deputado Ricardo Marcelo (PEN), apresentou, na manhã desta quinta-feira (4), durante entrevista coletiva, o resultado da Campanha “SOS Seca” lançada no último dia 15 de janeiro. Na ocasião, foi fechado o abaixo assinado que será entregue à presidenta Dilma Rousseff (PT) pressionando para utilização de políticas de prevenção aos efeitos da Seca. Na entrevista, o presidente revelou que o Governo do Estado deixou de usar R$ 109 milhões nas ações de combate aos efeitos da Seca. Os recursos são provenientes de emendas parlamentares ao orçamento do Estado.
Pela primeira vez na história do Legislativo Paraibano, todos os deputados abriram mão de suas emendas e destinaram os recursos para serem usados pelo governo nas ações referentes à seca.
Ricardo Marcelo disse que vai cobrar do Governo e dos secretários das pastas para onde os recursos foram destinados o porquê da não utilização dos recursos. O presidente ainda anunciou a elaboração de cronograma para cobrar que as ações sejam efetivadas pelo Estado.
O presidente revelou ainda que o governo do Estado não dispõe de um plano de contingência para ser realizado no segundo semestre deste com relação à seca.
Para o deputado, as recentes ações e recursos anunciados pelo governo Federal para a estiagem, tiveram a influência das ações desenvolvidas pela Assembleia Legislativa da Paraíba, desde a Caravana da Seca, passando pela Campanha “SOS Seca” até o abaixo assinado que será entregue a presidenta Dilma Roussefe e ao ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. Inclusive, a Casa Epitácio Pessoa recebeu ofício da Presidência da República informando que tinha tomado ciência dos problemas da Paraíba e já estaria tomando as providências necessárias.
“Quem anda pela Paraíba sabe do problema da seca, que falta água potável, da dizimação do rebanho, entre outros. A nossa zona rural está praticamente falida, as pessoas estão se prendendo apenas a essas bolsas concedidas pelo Governo Federal. Infelizmente, não existe a menor condição dos habitantes da zona rural saírem da crise se não tiverem um apoio decisivo dos governos Federal e do Estado. É isso que nós estamos cobrando. Não estamos querendo aparecer ou fazer política em cima de cadáveres de animais mortos ou de pessoas que não tem, sequer, água para beber”, disse Ricardo Marcelo.
“Sabemos que existem recursos e se tem esse recursos porque não aplicá-los. Este é um alerta que nós estamos fazendo desde o ano passado e já estamos no mês de abril, não tem chuva, e não possível que as pessoas não enxerguem isso”, emendou.
 
Mário Luiz (Carioca) com WS Com

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