As
tropas federais que apoiarão as polícias do Rio já têm a primeira
missão definida: ocupar o Complexo da Maré. A força extra se juntará ao
Bope, que está na comunidade desde de a noite de ontem, realizando uma
operação nas favelas Nova Holanda e Parque União. As duas favelas são
apontadas como redutos de traficantes que podem ter relação com a
recente onda de ataques a UPPs.
O governo federal enviará para o estado a Força Nacional e militares do Exército, Marinha e Aeronáutica. A ajuda foi decidida, ontem, numa reunião de quase duas horas entre a presidente Dilma Rousseff e o governador Sérgio Cabral. Segundo o governador, a estratégia de segurança será formalizada na segunda-feira.
Policiais militares lotados nos batalhões da Região Metropolitana do Rio estão trabalhando em regime de prontidão. Quem já estava trabalhando não pôde deixar o posto, e quem chegava não tinha previsão de sair. O plantão só acaba com ordem do chefe do Estado Maior, o coronel Paulo Henrique.
- Quem quer guerra são os marginais. Nós queremos paz nas comunidades. Quem quer guerra, quem quer conflito, quem quer atirar em policial militar covardemente são eles. A nossa polícia está muito motivada, nossa Polícia Civil tem feito grandes investigações, contado com o apoio das forças federais, feito grandes trabalhos - afirmou o governador Sérgio Cabral, depois da reunião com a presidente Dilma.
Ontem, o comandante das UPPs, o coronel Frederico Caldas, confirmou que os ataques recentes foram orquestrados por traficantes.
- Não temos mais dúvidas de que o que aconteceu em Manguinhos, Arará, Mandela e Camarista/Méier foram ações orquestradas. Apesar de ser uma área de hostilidade, em Manguinhos nunca tivemos um evento tão extremo - disse.
Ordem de dentro do presídio
Os serviços de inteligência têm a informação de que os ataques foram ordenados pelo traficante Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, que está num presídio federal. A ordem teria sido passada aos traficantes José Benemário de Araújo, Claudio Fontarigo, o Claudinho da Mineira, Ricardo Chaves de Castro Lima, o Fu; Bruno Eduardo da Procópio, o Piná, Adauto Gonçalves, o Pit Bull e Luciano Martiniano da Silva, o Pezão. O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, confirmou que a ordem para os ataques partiu de traficantes presos.
A facção estaria insatisfeita com a pacificação de territórios como o Complexo do Alemão, a favela do Jacarezinho e a Vila Kennedy. Como o EXTRA mostrou semana passada, os detalhes dos ataques teriam sido planejados em reuniões no Chapadão, na Pavuna, e em Antares, em Santa Cruz. Segundo o coronel Frederico Caldas, as duas comunidades são os dois últimos grandes redutos dessa facção.
Ecos do ataque
Um ônibus foi incendiado, na noite de ontem, em Madureira, por cerca de 20 menores. Segundo informações do 9º BPM (Rocha Miranda), é possível que os menores sejam moradores do Morro do Cajueiro.
Durante a tarde de ontem, oito policiais trocaram tiros com quatro traficantes armados na Rua Dois, no alto da Rocinha. De acordo com informações da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), ningué ficou ferido na ação e os criminosos fugiram.
Um alerta da Secretaria de Segurança, da semana passada, detalhou os alvos dos ataques simultâneos: os palácios Guanabara e Laranjeiras e até nas residências dos governador Sérgio Cabral.
Sem detalhes de medidas a serem tomadas
Depois do encontro no Palácio do Planalto, o governador Sergio Cabral e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disseram que não detalhariam as medidas a serem tomadas, pois, em questões de segurança pública, a estratégia precisa ser implementada antes de ser divulgada. Segundo Cardozo, a orientação da presidente foi que o governo federal apoie as iniciativas do Rio, reforçando a parceria entre os dois entes federados. Para Cardozo, a solidariedade da União com o estado é total. Na segunda, o governador irá oficializar o pedido ao governo federal. Só então a presidente autorizará o envio das tropas.
- As perguntas sobre que forças vão intervir, onde vão intervir e como vão intervir, eu não poderei responder. Não é maldade com a imprensa, mas questões de segurança pública são tratadas sigilosamente. Depois tanto eu quanto o governador prestaremos as contas de tudo que foi efetivamente feito, e mas antes tem que ser feito e executado - disse o ministro.
Reportagem de
Ana Cláudia Costa, Catarina Alencastro, Luiza Damé, Marcos Nunes, Paolla Serra e Wilson Mendes
O governo federal enviará para o estado a Força Nacional e militares do Exército, Marinha e Aeronáutica. A ajuda foi decidida, ontem, numa reunião de quase duas horas entre a presidente Dilma Rousseff e o governador Sérgio Cabral. Segundo o governador, a estratégia de segurança será formalizada na segunda-feira.
Policiais militares lotados nos batalhões da Região Metropolitana do Rio estão trabalhando em regime de prontidão. Quem já estava trabalhando não pôde deixar o posto, e quem chegava não tinha previsão de sair. O plantão só acaba com ordem do chefe do Estado Maior, o coronel Paulo Henrique.
- Quem quer guerra são os marginais. Nós queremos paz nas comunidades. Quem quer guerra, quem quer conflito, quem quer atirar em policial militar covardemente são eles. A nossa polícia está muito motivada, nossa Polícia Civil tem feito grandes investigações, contado com o apoio das forças federais, feito grandes trabalhos - afirmou o governador Sérgio Cabral, depois da reunião com a presidente Dilma.
Ontem, o comandante das UPPs, o coronel Frederico Caldas, confirmou que os ataques recentes foram orquestrados por traficantes.
- Não temos mais dúvidas de que o que aconteceu em Manguinhos, Arará, Mandela e Camarista/Méier foram ações orquestradas. Apesar de ser uma área de hostilidade, em Manguinhos nunca tivemos um evento tão extremo - disse.
Ordem de dentro do presídio
Os serviços de inteligência têm a informação de que os ataques foram ordenados pelo traficante Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, que está num presídio federal. A ordem teria sido passada aos traficantes José Benemário de Araújo, Claudio Fontarigo, o Claudinho da Mineira, Ricardo Chaves de Castro Lima, o Fu; Bruno Eduardo da Procópio, o Piná, Adauto Gonçalves, o Pit Bull e Luciano Martiniano da Silva, o Pezão. O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, confirmou que a ordem para os ataques partiu de traficantes presos.
A facção estaria insatisfeita com a pacificação de territórios como o Complexo do Alemão, a favela do Jacarezinho e a Vila Kennedy. Como o EXTRA mostrou semana passada, os detalhes dos ataques teriam sido planejados em reuniões no Chapadão, na Pavuna, e em Antares, em Santa Cruz. Segundo o coronel Frederico Caldas, as duas comunidades são os dois últimos grandes redutos dessa facção.
Ecos do ataque
Um ônibus foi incendiado, na noite de ontem, em Madureira, por cerca de 20 menores. Segundo informações do 9º BPM (Rocha Miranda), é possível que os menores sejam moradores do Morro do Cajueiro.
Durante a tarde de ontem, oito policiais trocaram tiros com quatro traficantes armados na Rua Dois, no alto da Rocinha. De acordo com informações da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), ningué ficou ferido na ação e os criminosos fugiram.
Um alerta da Secretaria de Segurança, da semana passada, detalhou os alvos dos ataques simultâneos: os palácios Guanabara e Laranjeiras e até nas residências dos governador Sérgio Cabral.
Sem detalhes de medidas a serem tomadas
Depois do encontro no Palácio do Planalto, o governador Sergio Cabral e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disseram que não detalhariam as medidas a serem tomadas, pois, em questões de segurança pública, a estratégia precisa ser implementada antes de ser divulgada. Segundo Cardozo, a orientação da presidente foi que o governo federal apoie as iniciativas do Rio, reforçando a parceria entre os dois entes federados. Para Cardozo, a solidariedade da União com o estado é total. Na segunda, o governador irá oficializar o pedido ao governo federal. Só então a presidente autorizará o envio das tropas.
- As perguntas sobre que forças vão intervir, onde vão intervir e como vão intervir, eu não poderei responder. Não é maldade com a imprensa, mas questões de segurança pública são tratadas sigilosamente. Depois tanto eu quanto o governador prestaremos as contas de tudo que foi efetivamente feito, e mas antes tem que ser feito e executado - disse o ministro.
Reportagem de
Ana Cláudia Costa, Catarina Alencastro, Luiza Damé, Marcos Nunes, Paolla Serra e Wilson Mendes
Mário Luiz (Carioca) com Extra
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