"O objetivo desta reunião e desta comissão é fazer com o que o Sistema Judiciário, Governo e Movimento Sem Terra possam conversar sobre estes assentamentos, sobre estas ocupações. O que todos nós queremos é que as pessoas possam produzir e ter condições de viver dignamente. Isso vai ser feito dentro da lei, das regras, mas com muito diálogo e muita discussão. Então a reunião foi com esse objetivo, da gente intermediar esta interlocução", explicou a secretária do Desenvolvimento Humano, Aparecida Ramos.
Ela informou ainda que, "toda vez que tiver uma ordem de reintegração de posse, a Comissão estará lá discutindo para fazer com que o diálogo prevaleça, até porque tem uma questão social muito grande por trás disso tudo, porque em um processo de integração tem criança e idoso".
Pauta de reivindicações - Os trabalhadores rurais apresentaram uma pauta com oito pontos de reivindicação , entre eles um pedido para que a Polícia investigue a ação de policiais que, segundo relataram, teriam usado armas do Estado, possivelmente, durante horário de folga.
"A Polícia Militar já está com o procedimento aberto para apurar as denúncias em relação a um episódio que aconteceu em Pilar, inclusive, foi objeto de TCO em Delegacia e está sendo feita uma sindicância. E com relação ao episódio em Livramento, sobre possível desvio de conduta, estamos abrindo sindicância através da Corregedoria", disse o comandante da PM, coronel Euller Chaves.
A pauta pedia ainda que a Paraíba proíba a atuação da Polícia de Pernambuco na divisa entre os dois estados. No entanto, ficou acordado que o próprio MST fará um relatório informando sobre toda a produção feita no assentamento e encaminhará à Polícia de Pernambuco, com o objetivo de evitar que outros episódios entre MST e Polícia de Pernambuco aconteçam.
As áreas que estão com processo de reintegração de posse, de acordo com a pauta do MST, são as seguintes: Ouro Verde (Caaporã), Mangueiral (Soledade/Olivedos), Paraíso (Pilar), Retirada (Caaporã), Vanderlei Caixe (Pedras de Fogo) e Salgadinho (Mogeiro).
Mário Luiz (Carioca) com Secom/PB
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