LEI DE MURPHY: pedido de impugnação da candidatura de Lucélio azeda relação com PMDB
Se a relação entre PT e PMDB na Paraíba já não era tão boa, agora ficou
pior, seguindo assim a “lei de Murply”, que diz que nada é tão ruim que
não possa piorar.
É que o presidente do PT na Paraíba, Charlinton Machado não engoliu a
atitude do presidente do PMDB, José Maranhão, que ingressou com ação
junto à justiça eleitoral pedindo a impugnação da candidatura do petista
Lucélio Cartaxo ao Senado Federal.
Segundo o petista, com a atitude, o PMDB empurra para o fracasso
qualquer construção de aliança ou de reaproximação entre as duas
legendas.
“Fizemos esforço desde 2012 para superar as feridas dessa relação e
defendemos de forma aberta e franca a candidatura do ex-prefeito de
Campina Grande, Veneziano Vital do Rego, mas não a de Vital, desde o
primeiro momento sempre fiz o trabalho de corrigir erros históricos para
unir o PT e o PMDB, mas vejo que o PMDB não aprendeu com os próprios
erros”, lamentou.
Conforme Charlinton, enquanto a relação entre PT e PMDB é amistosa em
âmbito nacional, no que diz respeito ao âmbito estadual a relação está
azedada.
“Do ponto de vista local, as relações estão extremamente azedadas, pois
da forma como estão nos tratando, estão empurrando para o fracasso
qualquer coisa que pudéssemos construir”, disparou.
ENTENDA
A candidatura de Lucélio Cartaxo (PT) ao Senado na chapa do governador
Ricardo Coutinho (PSB) recebeu dois pedidos de impugnação por parte da
coligação “Renovação de Verdade” encabeçada pelo PMDB e pelo
ex-governador José Maranhão. As ações foram protocoladas no Tribunal
Regional Eleitoral na segunda-feira.
Alega o PMDB que o PT da Paraíba teria descumprido as diretrizes
firmadas pela Comissão Executiva Nacional do partido no tocante às
coligações para o pleito de 2014. “O órgão diretor do PT da Paraíba, sem
realizar qualquer comunicação ao órgão hierarquicamente superior,
decidiu, indo totalmente em confronto com as definições traçadas pelo PT
a nível nacional, se coligar com a chapa encabeçada pelo PSB, a qual
tem como candidato ao governo do Estado o atual governador da Paraíba”.
No documento os peemedebistas informam que a nacional do PT anulou as
deliberações exaradas pelo órgão regional e que o ato de anulação foi
comunicado ao TRE no dia 5 de julho, mesmo dia em que a coligação “A
Força do Trabalho”, de Ricardo Coutinho, protocolou seu pedido de
candidatura. Para o PMDB, o PT da Paraíba tinha pleno conhecimento das
diretrizes firmadas pelo órgão nacional para as alianças no Estado.
“Não restam dúvidas que tal aliança fere frontalmente a diretriz traçada pelo PT a nível nacional, uma vez que o PSB lançou
a candidatura à reeleição do governador Ricardo Coutinho e que este
apoia pública e notoriamente a candidatura a nível nacional do
presidenciável Eduardo Campos, filiado à mesma agremiação partidária”,
destaca a ação do PMDB, ressaltando que “se a deliberação do PT estadual
que indicou Lucélio para concorrer ao cargo de senador está anulada
pelo diretório nacional, seu registro de candidatura não pode,
consequentemente, ser deferido”.
O advogado do PT estadual, Marco Túlio, está confiante na decisão do
TRE, pois a convenção do PT foi feita dentro da legalidade. “Não
descumprimos nenhuma deliberação da direção nacional. Portanto, não há
razão para anular a convenção”.
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