terça-feira, 18 de outubro de 2016

Temer quer vender ‘diálogo’ como marca de seu governo no exterior

 No Japão, presidente apresenta o plano de concessões para atrair investidores estrangeiros
 Temer quer vender ‘diálogo’ como marca Presidência da República

O presidente Michel Temer disse nesta terça-feira (18) no Japão que quer vender a ideia de diálogo como marca de seu governo, tanto no Brasil quanto no exterior.
— O que eu pretendo trazer é um recomeço do nosso País que se baseia na ideia de diálogo. Se eu tivesse uma palavra-chave para o governo seria diálogo. Com o Congresso, por exemplo, já que conseguimos aprovar até uma questão mais complicada que é o teto.

Além de deixar uma marca, o grande objetivo da visita de Temer ao Japão é aumentar a parceria comercial entre os países e atrair investidores para o programa de concessões do governo federal.

— Nós vamos levar ao ministro Abe e aos empresários a ideia da parceria Brasil-Japão.  Há cerca de 34 atividades ou órgãos que poderão ser concedidos na área da infraestrutura, portos, aeroporto, energia, óleo e gás e há mudanças na legislação [mudanças na Lei do pré-sal] exatamente para incentivar esses investimentos.

Temer desembarcou nesta segunda (17) no Japão após participar do encontro dos BRICS (grupo formado pelos países emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em Goa, na Índia. Em Tóquio, o presidente será recebido pelo Imperador Akihito e terá reunião com o primeiro-ministro Shinzo Abe. Participará, ainda, de encontro com lideranças empresariais japonesas e de evento com os setores privados do Brasil e do Japão.

O Brasil e o Japão integram o G-4, ao lado da Índia e da Alemanha, em defesa da ampliação do número de membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Juntos discutem questões de interesse global, tais como desenvolvimento sustentável, mudança do clima e desarmamento e não-proliferação de armas.

Em 2015, o intercâmbio comercial entre os dois países foi de US$ 9,7 bilhões. Nesse mesmo ano, os investimentos diretos japoneses no Brasil alcançaram US$ 2,8 bilhões.
Denúncias
Durante a entrevista, o presidente Temer foi questionado se as citações a alguns de seus principais ministros na Operação Lava-Jato prejudicam os projetos do governo no Congresso e o diálogo que se estabeleceu. O presidente negou que as citações atrapalhem seu governo.
Sem citar nomes, respondeu sobre os escândalos que atingem Geddel, Moreira Franco e Romero Jucá, citados pelo repórter.
— Em primeiro lugar, facilitam [o governo, o diálogo]. São pessoas que dialogam bem com o Congresso, como eu, vocês sabem, dialogo muito bem com o Congresso Nacional. Acho que podem ajudar.
O presidente minimizou as denúncias.
— O envolvimento dos nomes se deu, convenhamos, por enquanto, por uma simples alegação, uma afirmação. É preciso que essas coisas se consolidem. Se um dia se consolidarem, muito bem, o governo verá o que fazer. Se a cada momento que alguém mencionar o nome de alguém e isso passar a dificultar a ação do governo, fica difícil.

Da Redação com R7

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